terça-feira, 4 de janeiro de 2022

2021 em revista

 Esse grande clássico ano após ano, este grande momento que reflexão que é o início de um novo ano.

2021 foi, como todos sabem, profundamente estranho, e por aqui não foi diferente.
Começou com o novo confinamento, logo após o advento das vacinas, e eu sinceramente jamais o esperei - achei mesmo que as escolas não iam voltar a fechar, e foi para mim um confinamento muito difícil de gerir por isso mesmo.
Em muita coisa foi "melhor" que o primeiro - nunca confinamos completamente, mantivemos o contacto com avós e tios e primos mais próximos - mas a mim parece que custou o dobro, talvez pela gestão de expectativas, não sei...
Esta nova chapada com a realidade, com a minha situação laboral descartável (a escola fechou e eu que estava a dar aulas fiquei outra vez sem nada), mais os miúdos em escola online outra vez... foi chato, foi deprimente e foi complicado.
A meio comecei a dar explicações online, e foi de certa forma a minha tábua de salvação. O centro de explicações tem uma filosofia muito gira, e de certa forma apostaram em mim às cegas - foi sem dúvida uma lufada de ar fresco na minha vida, apesar de toda a complicação e nervos que acarretou.
Com isto, os primeiros meses do ano levaram-me a pensar e repensar a minha vida profissional - cada vez mais longe dos museus e mais ligada à escola. Questionei se deveria dedicar-me à educação, voltar a estudar, tirar uma especialização em ensino, ir dar aulas.
Depois chegou o Dia dos Museus, e fui passar o sábado a fazer atividades com miúdos no Museu de Arqueologia. E cheguei ao fim do dia, respirei fundo, e decidi que não quero mesmo afastar-me dos museus, é onde de facto me sinto feliz.
A partir de Junho a vida profissional animou, houve exposições novas e outros desafios, e uma confirmação do que senti nesse Dia dos Museus - sacrifícios e investimento da minha parte serão nesta área, tudo o resto será para a complementar (sem fechar portas a nada, claro, que a situação de recibo verde mantém-se e não há perspetiva de se alterar...).

Fora destas questões profissionais, foi um ano em que fiz exercício a maioria dos dias, e acho que sempre com a minha "amiga" Heather Robertson - foi uma descoberta do fim de 2020, e sem dúvida vejo resultados e mantenho a motivação. Comecei ontem um novo programa de 12 semanas. Tendo tido algum cuidado com a alimentação, acabo sempre por cair nos mesmos erros, e vou alternando entre fases mais regradas e outras de festas (seja de anos, de Páscoa, férias, Natal) e por isso apesar de me ter sentido muito bem durante o verão (operação bikini 2021 em pleno!), sinto que tenho de me esforçar mais para dar um passo além na boa forma. Não saio da cepa torta.

Foi um ano em que senti claramente que a minha situação financeira se ressentiu da pandemia, e decidimos cortar em algumas coisas (restaurantes, por exemplo) para poder aproveitar outras (viagem a Roma).

A viagem a Roma foi o ponto alto. Foi o aceitar que de facto não dá para viajar todos, mas podemos ir só nós, que só nos faz bem. Aproveitámos ao máximo, apesar de não ter preparado a viagem (tive stresses de trabalho até à véspera!), sinto que foi um bálsamo para nós e uma óptima maneira de começar um novo ano letivo.

Os miúdos cá de casa cresceram bastante, como seria de esperar. Houve mudanças de escola (2), de atividades (algumas), de rotinas, de dinâmicas entre eles também. Parece que vamos alternando entre momentos 24h juntos (como agora!) e outros em que mal nos vemos.

Foi um ano em que mais uma vez perdemos um bocado a noção do tempo, porque os marcadores habituais perderam-se. Lembro-me de algumas situações e não consigo identificar quando aconteceram exactamente. Ter sido um verão sem grande sol e calor também não ajudou.

Em 2021 li 23 livros, fui ao cinema 1 vez (filme infantil), ao teatro 1 vez. Não fui a nenhum concerto nem bailado. Vi 2 séries de 6 episódios (Queen's Gambit e La Casa de Papel - uma em Janeiro e uma em Dezembro) e não me lembro se vi algum filme mais do que os dois que referi aqui no blog - ambos em Janeiro (Variações e Pieces of a Woman). Vi notícias quase todos os dias, e li o jornal no telemóvel também quase diariamente (os títulos, vá). 

Para 2022 não há expectativas nem grandes resoluções.
Há uma lista de coisas que gostava de fazer, mas se não for agora, olhem... fica para o ano!

Feliz ano novo, caros leitores!!!

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