segunda-feira, 30 de maio de 2022

Reflexão na véspera dos 44

 Assim de repente, e com muito por fazer e muitas coisas para mudar, sinto que estou onde deveria estar, em todas as áreas da minha vida.

Se mudava alguma coisa?
Um pormenor ou outro sim, mas no geral está tudo muito bem como está.

terça-feira, 17 de maio de 2022

Notas soltas sobre os dias que correm

  •  ele há dias e semanas de muitos nervos: visitas a sítios novos, temas novos, visitas protocolares com embaixadores e pessoas importantes e coisas assim.
  • nunca sei o que vestir nessas visitas protocolares, e principalmente não sei o que calçar
  • os miúdos estão a entrar em passos largos na adolescência
  • continuo a achar que ter filhos é sempre a melhorar, não troco esta fase pela fase das fraldas e coisas que tais (e assim se vê que se calhar eles ainda não entraram mesmo na adolescência)
  • só consigo ler nos transportes - de resto não consigo mesmo pegar no livro, nem sei como lia antes da pandemia, quando ia de carro para todo o lado
  • uma pena que tenhamos de usar máscara nos transportes
  • bastaram uns dias sem elas e nem sei como fiz tantas visitas de máscara nestes últimos tempos (o horror!)
  • trabalhar muito tem consequências ao nível da organização doméstica (não sei se sabiam, ficam a saber)
  • como devem calcular, a minha casa está um bocadinho um caos... não me apetece passar as poucas folgas a organizar as roupas que não servem nem os brinquedos que se multiplicam no quarto das miúdas
  • a máquina de lavar a roupa deu o berro, de vez. Está a ameaçar há meses, menos mal que conseguimos esticar até agora
  • 5 pessoas numa casa sujam muito, é tudo muito - muita roupa, muita loiça, muita comida
  • ainda me perguntam se não quero um cão ou um gato, chiça!

segunda-feira, 16 de maio de 2022

12 dias de trabalho

 Foram um total de 12 dias sem folga, mas isso não é o mais estranho.
Nesses 12 dias houve duas estreias: uma mini-exposição (quanto mais pequena a exposição, mais tenho de saber sobre o tema) e um museu novo, com 2 pisos de coisas bastante fora da minha praia.
Pelo meio visitas VIP, substituições e alterações de última hora, a atrapalhar ainda mais e aumentar os nervos nestes dias.
Prova superada, correu tudo bem, não me espalhei ao comprido.

Mas confesso que estas palavras do novo Ministro da Cultura não me caíram bem.
Claro que a precariedade não é um mal absoluto - para quem tem um ordenado fixo ao fim do mês, claro que não é!

Sazonalidade e precariedade não são sinónimos. Há muitas formas de contornar esta questão, e há mesmo soluções na lei que o preveem, o que não há é vontade de os aplicar.
E nós precários da Cultura pactuamos com isto, é certo, pois andamos aqui a  passar recibos verdes a empresas e associações-fantasma que servem para isso mesmo: para mascarar a realidade e deixar as entidades de mãos lavadas por não terem nenhum vínculo direto com cada um de nós.

É o preço que pagamos por gostar tanto do que fazemos, mas era bom que isso fosse reconhecido e que a estabilidade de um (ou vários) contrato(s) não fosse um bicho de sete cabeças.

segunda-feira, 9 de maio de 2022

Sobre o trabalho

 Há uma euforia no ar, um "regresso à normalidade" que faz com que ande tudo a mil.
Isto não é uma queixa (ou será?), mas hoje é o meu 8º dia de trabalho seguido, e ainda (ou só?) faltam 5 até ter a próxima folga (de 1 dia e depois seguem uma data de dias seguidos).

E dizem-me todos os que me acompanharam no desespero de estar sem trabalho "que bom!", e pois claro que é bom, mas a que preço, senhores?
Reconhece-se agora a léguas quem é mediador artístico ou trabalha em turismo- somos os das olheiras, os copos de leite, os que ainda não puseram o pé na praia/esplanada/jardim.
É.

E às tantas fica difícil aguentar o ritmo, as solicitações (porque em casa, já se sabe, há roupas por arrumar, sopas por fazer, varicelas a decorrer) sem uma pausa para poder respirar, e sem sequer estar à vontade para barafustar porque claro, é trabalho, e se me queixei de falta dele não me posso agora queixar da abundância. 
É daquelas coisas, quem tem um ordenado fixo ao fim do mês não vai entender nunca.

Domingo quando o despertador tocou para mais um dia de trabalho (o 7º) veio-me à cabeça a conversa com uma amiga que tinha estado na praia na véspera - e naquela indolência do cérebro que ainda não acordou perguntei-me porque raio estaria ela com os filhos na praia a meio da semana...
Quem não trabalha aos fins de semana, também não vai entender nunca...

Enfim. Café terminado, post acabado, que por aqui há muito por estudar.

Fui!

terça-feira, 3 de maio de 2022

Livro 11/2022

 

Entre os assassinatos, de Aravind Adiga
Mais um herdado da biblioteca do meu pai, que ali esteve a olhar para mim todo este tempo sem ter vontade de lhe pegar - não se julga um livro pela capa, ou não deveria, e pelo título também não (achei sempre que era um policial, e não tem nada a ver).
Peguei nele porque estava exatamente ao lado do livro anterior, de que tanto gostei.
Deste também gostei.
São 14 histórias soltas, com alguns pontos em que se cruzam, passadas numa cidade fictícia na Índia no espaço de tempo de 1984 a 1991 (entre dois assassinatos, que não foram ficção).
É um retrato da Índia dos anos 80, com toda a certeza com muitos pontos em comum com os dias de hoje. A pobreza, a religião, as castas, o papel de cada um, as oportunidades de uns e de outros, a forma de pensar tão diferente da nossa.
Bem escrito e muito enriquecedor.
Dei 4 estrelas e recomendo.

segunda-feira, 2 de maio de 2022

Constatação

 Se algum dia me meto a voltar a estudar, vou engordar como se não houvesse amanhã.