Foram um total de 12 dias sem folga, mas isso não é o mais estranho.
Nesses 12 dias houve duas estreias: uma mini-exposição (quanto mais pequena a exposição, mais tenho de saber sobre o tema) e um museu novo, com 2 pisos de coisas bastante fora da minha praia.
Pelo meio visitas VIP, substituições e alterações de última hora, a atrapalhar ainda mais e aumentar os nervos nestes dias.
Prova superada, correu tudo bem, não me espalhei ao comprido.
Mas confesso que estas palavras do novo Ministro da Cultura não me caíram bem.
Claro que a precariedade não é um mal absoluto - para quem tem um ordenado fixo ao fim do mês, claro que não é!
Sazonalidade e precariedade não são sinónimos. Há muitas formas de contornar esta questão, e há mesmo soluções na lei que o preveem, o que não há é vontade de os aplicar.
E nós precários da Cultura pactuamos com isto, é certo, pois andamos aqui a passar recibos verdes a empresas e associações-fantasma que servem para isso mesmo: para mascarar a realidade e deixar as entidades de mãos lavadas por não terem nenhum vínculo direto com cada um de nós.
É o preço que pagamos por gostar tanto do que fazemos, mas era bom que isso fosse reconhecido e que a estabilidade de um (ou vários) contrato(s) não fosse um bicho de sete cabeças.
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