... a gostar desta mudança da hora?
segunda-feira, 31 de outubro de 2022
Baixa o stress
E parece que a imunidade fica mais baixa também.
4 dias de uma grande falta de energia, mas a falta que me estava a fazer ter esta pausa senhores...
Tínhamos planos fabulosos que saíram furados - os 125€ do Costa não chegavam para tudo.
Em vez disso ficámos por cá, demos caminhadas, vimos o mar, pusemos a casa (mais ou menos) em ordem e ainda fomos a uma exposição (que as miúdas gostaram!).
Tudo assim a meio gás, com uma grande preguiça.
A ver se aprendo a equilibrar melhor os pratos da balança, que por muito que adore o meu trabalho, há coisas que não têm preço.
terça-feira, 25 de outubro de 2022
Meu cansativo mês de Outubro
Ninguém chama querido a mais mês nenhum a não ser Agosto, e não é por acaso...
31 de Outubro ainda vai longe, mas para mim Outubro acabou no domingo passado.
A exposição a que dediquei intensos dias de trabalho chegou ao fim, e com ela encerramos um capítulo pois o museu que a organizou encerrou para obras e sabemos lá quando reabre (e se estou incluída na equipa ou não quando reabrir).
Foi uma exposição penosa e emocionalmente difícil de gerir. Foi um processo longo, muitas vezes à deriva, com um trabalho próximo de uma equipa liderada por uma excelente pessoa, mas com a qual muitas vezes é muito difícil lidar...
Sinto que houve alturas - ao fim de dias e dias de trabalho seguido, com sábados e domingos ali enfiada - em que cheguei muito perto da exaustão. Tive muitos momentos em que pensei que não ia aguentar!
Mas o ser humano tem uma capacidade de resistência muito grande, e por muito cansada que estivesse não cheguei a dar o murro na mesa que bem me apetecia e a ir embora dali.
Bem, basta olhar para a conta do supermercado para nos tornarmos mais resilientes...
Agora, ainda com uma grande ressaca na cabeça, é tempo de novos desafios e de voltar a ter fins de semana (ou pelo menos uma parte deles!).
Achei sinceramente que este dia nunca ia chegar.
terça-feira, 18 de outubro de 2022
13 anos
Desde este ponto de viragem.
13 anos a crescer e a aprender com ele.
13 anos a tentar lidar com uma situação para a qual claramente nunca nos preparámos.
13 anos a mandar o barro à parede a ver se cola, de tentativa-erro a ver o que funciona melhor.
Acho que até agora não nos saímos muito mal.
O miúdo é porreiro, não cria ondas, e é incrivelmente parecido connosco - desorganizado, caótico, sem contar nada em casa, também ele a ir mandando barro às nossas paredes e em tentativas-erro pela vida fora.
A infância já foi, venha agora a adolescência.
Depois do que passámos com ele recém-nascido, quão difícil pode ser esta fase?
Bloqueio do leitor
Tal como há bloqueio do escritor - em que parece que congela diante da folha em branco, sem saber o que escrever - também haverá bloqueio do leitor, em que perante uma folha cheia de letras o cérebro congela e não consegue continuar.
Esta semana abandonei mais um livro - parece mesmo que a cabeça não consegue desligar, e assim fica difícil entrar numa história.
Comecei ontem um romance histórico alinhado com o que ando a fazer no trabalho - vamos ver se assim pega...
Desconfio que infelizmente não vou atingir o número de livros a que me propus este ano.... oh well.
A importância de estar
Este ano houve várias épocas (Julho e Setembro/Outubro pelo menos) de trabalho intenso, a todos os níveis - intenso no tempo, na dificuldade, na diversidade, na questão emotiva que também conta, enfim.
No fim de semana passado ultrapassei mais um obstáculo profissional no sábado à tarde, e para poder viver o momento e descansar depois acabei por passar o trabalho de domingo a um colega (ou seja perdendo esse dinheiro - logo, posso dizer que paguei para ter sanidade mental. Adiante).
E não fizemos nada de especial, mas apenas estivemos.
Sábado de manhã foi fazer máquinas de roupa (eu) e TPC (eles) e depois almoço (antes de ir para Lisboa). Domingo foi jogo de futebol do mais velho, caminhada no paredão com skate e bicicleta, e compras ao fim do dia - um dia normal e banal, mas caramba, a falta que me faz e a eles também, essa banalidade.
Em teoria já só falta um fim de semana intenso de trabalho (a full time nos dois dias) e depois hei-de poder voltar a escolher o trabalho dos fins de semana - ou então não, que os 10€ de gasóleo não chegaram a 3ª feira e de cada vez que vou ao supermercado quase que lá deixo um rim.
domingo, 9 de outubro de 2022
Sobre os preços
A caminho do trabalho, de carro - porque é domingo, que só ando de carro ao fim de semana - percebo que está sem gasóleo e paro na bomba a meio do caminho para por 10€ (só uma nota, escolho as bombas que têm senhores a ajudar porque não gosto nada de abrir o depósito, mas adiante).
Não estava uma fila por aí além.
Noto que está a Sic a entrevistar pessoas e pergunto porquê - é porque amanhã a gasolina sobe 11 cêntimos.
Ainda bem que os jornalistas não vieram falar comigo porque de facto nem sei o que dizer.
Pus os 10€ e segui a minha vida.
segunda-feira, 3 de outubro de 2022
Da precariedade
Completo hoje o meu 23º dia de trabalho sem folgas.
Não vou sempre para o mesmo sítio, e nestes dias consegui ter uma ou outra tarde livre, mas não tive um dia inteiro sem trabalhar desde que vim de férias.
Mais uma vez digo e repito, isto não é uma queixa porque eu adoro mesmo o que faço (mas não adoro tudo o que faço em todos os sítios!), e porque prefiro mil vezes estar assim do que estar sem trabalhar como estive há dois anos, mas dito isto... custa, e afeta todas as outras áreas da minha vida.
Por vezes acho que estou no limiar da loucura - passo na biblioteca na sexta a deixar os livros, e deixo na caixa de correio porque penso que é segunda feira - quem é que no seu perfeito juízo confunde a segunda com a sexta?
Muitos de nós, afinal. Quem trabalha em turismo, quem trabalha em restauração, quem tem uma empresa própria, os médicos, tudo gente que trabalha mais do que deve, sacrifica noites e fins de semana, e o que mais houver.
Na semana passada tive um dia em que achei que tinha chegado ao meu limite. Estava para lá de exausta, sem energia, a fazer tudo com esforço - achei mesmo que estava perto de ter um esgotamento.
Afinal só me tinha esquecido de tomar o café de manhã - no dia seguinte estava fina, pronta para enfrentar os próximos desafios (ufa!) - mas não deixou de ser um "abridor de olhos" para o que ando a fazer...
Pela primeira vez em muito tempo, fiquei alguns dias sem ler nenhum livro - porque como me atrasei na entrega não pude requisitar logo mais livros (e como achei que era 2ª feira, à 2ª não se requisitam livros), porque não encontrei nada de jeito nas estantes cá de casa (comecei dois e não lhes dei andamento), porque ando tão assoberbada de coisas para ler que achei melhor aproveitar todos os bocadinhos para ler aquilo que me faz falta no trabalho - foi um erro. Ler acaba por ser uma forma de pausa durante o dia, muito mais eficaz do que um scroll pelas redes sociais (que era o que eu fazia porque não me apetecia ler sobre trabalho no comboio, enfim!).
Hoje é o meu 23º dia, e ainda faltam 5 para poder ter um dia todo de descanso (e vai mesmo ser só um). E eu adoro muito o que faço, mas não a forma como o sistema funciona de modo a que uma atividade que afinal se estende ao longo do ano (sem de facto parar em altura nenhuma da semana ou do mês) seja tida como sazonal, e por isso estamos condenados à precariedade.
Irá isto mudar algum dia?