Ainda o ano mal começou e já fui mais vezes ao cinema do que em 2022 - não era difícil, bastava ir mais do que uma vez mas a verdade é que já aconteceu este ano - e nenhum filme era de crianças, o que é de estranhar!
Comecei com este documentário sobre a vida da Patti Smith: Patti Smith Poeta do Rock.
Fui desafiada por uma amiga e colega de trabalho, com quem conversei na altura em que estava a ler este livro. O filme passou num ciclo de cinema, fomos ver ao auditório de uma biblioteca em Lisboa - e antes fomos jantar as duas na Mouraria, um programa completo!
O filme confirmou algumas coisas que já sabia, mas ressaltou mais uma vez a capacidade artística desta geração, este viver e morrer pela arte que se calhar não se voltou a repetir. E salienta o paradigma dela como ícon da androgenia, de quem nunca quis parecer aquilo que não é, para quem as mulheres podem vestir o que quiserem, ser o que quiserem, sem precisar de corresponder a ideais de mais ninguém que não de si próprias. Uma poeta a quem a música chegou quase por acaso, uma artista no mais completo significado do termo, uma mãe que se afastou dos palcos para criar os filhos pequenos.
Uma grande boss.
Na sexta feira passada fui com o Tê ver este filme.
Sou muito fã de Amadeo, tenho a sorte de colaborar com o Museu onde se encontra a maioria das suas obras, e já tive a oportunidade de mediar muitas delas, muitas vezes. É um pintor que me fascina profundamente, com uma vida tão à frente do seu tempo.
O filme ficou muito aquém da expectativa. Não é que o que aparece seja mau - não é, os cenários são brilhantes, o guarda-roupa, está tudo muito bem feito. Mas a parte da vida dele que aparece não é a que interessa! Não há nada sobre como e quando começou a pintar, nem as exposições espetaculares em que participou, dos anos de Paris vemos uma só cena, enfim. Aparece mais tempo a irmã a morrer do que ele a pintar. Valeu pelo programa (que já nem sei quando tínhamos ido ao cinema os dois!).
Nas últimas semanas, persuadidos por várias pessoas à nossa volta vimos esta série - a primeira e segunda temporadas de White Lotus. Inédito, já que não sou de ver séries (nem filmes, já agora).
Mais do que nada foi um exercício de teimosia, para tentar perceber o hype à volta da série que toda a gente falava! Não achamos nada de especial. A primeira temporada tem uma banda sonora espetacular, que dá o tom à série e tem bastante piada. Inclui também uma personagem bastante engraçada. A segunda gostámos menos, sinceramente.
Valem ambas pelas paisagens que são maravilhosas, e pelas personagens, que estão muito bem construídas.
Perde por serem locais de férias onde nada se faz (já não os podia ver a tomar o pequeno-almoço sem ter nada planeado para o dia, depois andavam ali a arrastar-se todo o tempo, que nervos!).
Isto de ter expectativas altas nunca dá bom resultado...
1 comentário:
Ahah, tanto de ti neste post!
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