O que diz este texto.
Das coisas que mais orgulho tenho, e que mais agradeço todos os dias, é de ter sido educada para a autonomia, para fazer as coisas e me desembaraçar sozinha. A minha mãe certificava-se que havia arroz na despensa e bifes no congelador antes de ir de fim-de-semana, mas não deixava tudo cozinhadinho no tupperware pronto a aquecer.
No que a mim me diz respeito, tento seguir-lhe os passos e deixa-los explorar à vontade.
E por isto fiquei tão contente quando a educadora do meu mais velho me veio pedir autorização para lhe tirar os óculos no recreio, pois ele gosta de brincar às lutas (que é diferente de anda à porrada com os amigos, obviamente) e é normal e saudável que o faça.
Leiam o texto e digam de vossa justiça.
3 comentários:
Excelente texto! Basta ter lido Os Maias para saber que o modo como desde há séculos se educa em Portugal é excessivamente protecionista. O que há mais para aí são Eusebiozinhos... Eu também educo para a autonomia mas o mérito é da nossa mãe e da sua veia germânica, muito prática...
Concordo com o texto. Faço tudo para que eles não sejam totos mas é difícil. Quando estamos na terra, ele já tem muito autonomia. Mas este ano, já combinei com ele que podia ir sozinho à casa dos primos. A ver se vai!
Ontem, depois do cinema, jantámos no shopping. O Tiago quis o happymeal da Burguer king. Comeu tudo e quis mais. Lembrei me deste texto, dei-lhe dinheiro e disse-lhe"vai lá tu". Ele foi, nào deixou que ooutro senhor passasse à frente dele.
E percebi que estava a tratá-lo por toto qdo fiquei orgulhosa dele. Ele só foi comprar um hamburguer, comigo a olhar, longe e sentada. Com a idade dele, ia todos os dias ao pão sozinha.
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