Um conceito que é referido no livro Pais sem Pressa do Pedro Strecht que achei particularmente interessante foi o de "good enough parenting", de que podem ler uma definição aqui.
Pedro Strecht diz que o conceito defende uma certa incompletude, uma falha inerente ao facto de basicamente estarmos a fazer uma coisa (ser pais) sem manual de instrução.
E ao longo do tempo vamos sendo confrontados com estudos e mais estudos que nos mostram 1000 maneiras de ser "bons pais", quando no fundo ninguém sabe o que isso é - até porque bom pai de um filho não é ser bom pai de outro.
São coisas que todos sabemos mas às vezes fica difícil assimilar: por muito empenhados que estejamos em ser bons pais, nunca seremos mais do que "pais suficientemente bons".
E aceitar isto é profundamente conciliador.
Vai haver falhas. Vai. Já há aliás. Lidemos com elas e avancemos.
Os nossos pais, os melhores do mundo, também eles em muitas ocasiões não passaram de pais suficientemente bons. Às vezes mais outras menos, às vezes melhores para uma irmã e menos melhores para a outra.
Da minha parte, como em tudo, eu dou sempre o meu melhor.
Às vezes o meu melhor é o melhor do mundo, outra vezes não passa de suficientemente bom.
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