sexta-feira, 16 de outubro de 2015

1 ano em regime de freelancer

Fez ontem 1 ano que trabalhei pela última vez para o escritório da Holanda, ao telefone e em frente ao computador.
Tentei de muitas maneiras sair com alguma segurança, encontrar trabalho antes de me despedir, mas o destino assim não quis, pelo que há 1 ano atrás eu estava oficialmente sem trabalho. Com alguns pássaros a voar, é certo, mas nenhum na mão.
Tive mesmo de libertar as mãos para agarrar os pássaros, e na altura nem sonhava que seriam estes.
Só no final do mês é que tive a confirmação de que iria fazer visitas guiadas no palácio (o mais lindo de todo o Portugal, para vossa informação) e só hoje, dia 16, é que fui à entrevista mais insólita (até então) em que entrei com uma ideia e saí com outra e quando dei por ela estava na sala de professores de uma escola pública, sem saber muito bem o que isso significava.
Há 1 ano atrás ontem estava muito, muito contente, mas com algum medo também. Medo de me arrepender, medo de não estar à altura, no fundo, medo de ver os meses passar sem arranjar trabalho.
1 ano passado estou ainda mais contente, todos os dias agradeço a sorte que tenho, o privilégio de poder fazer aquilo que gosto e ainda receber por isso, sinto-me muito mais capaz, ainda com medo de não estar à altura, mas isso faz parte. Vi que nem todos os trabalhos surgem por cunhas, que ainda há equipas de trabalho fabulosas, gente que se mexe por amor à camisola e não por dinheiro, oportunidades que surgem em anúncios de jornal, gente que reconhece e aprecia o que fazemos.
Nem tudo são rosas, claro. Há meses muito apertados, há 1000 burocracias, há outros tantos fins-de-semana que são de trabalho, há muitas horas de preparação que não se contabilizam na conta bancária.
Mas tudo o resto compensa, e de que maneira.
A todos os que estão a ponderar mudar a sua vida desejo coragem, empenho e sorte!
O resto virá por acréscimo.

1 comentário:

Raqlinha disse...

Ando com esta frase na cabeça: "Prefiro tentar do que nunca saber como teria corrido". Se dá medo? Dá. Mas quem não arrisca...