Há 10 anos senti aquele arrebatamento de ser mãe pela primeira vez. Foi fantástico, foi brutal, foi duro, foi exigente a um nível que eu desconhecia. E eu até tinha alguma experiência com bebés, mas sem dúvida que os bebés dos outros são sempre mais fáceis de cuidar.
10 anos depois e continua a ser fantástico e brutal, muito menos duro, igualmente exigente a níveis que desconhecemos.
Está feliz por ter finalmente dois dígitos, e eu sinto cá dentro que a infância dele está como areia por entre os dedos - mesmo quase a acabar. Vai ficar o resto da vida a recordar coisas que fizemos, algumas com pompa e circunstância, outras apenas na rotina dos dias. Haverá coisas (não sei quais) que vão vincar a sua personalidade para sempre. Assuntos que irá resolver, quem sabe no divã do psicólogo, e que somos nós os culpados seguramente.
Quando o tinha na barriga não me conseguia imaginar com um bebé. Quando nasceu não o conseguia imaginar criança e agora também pouco consigo imaginar o adolescente ou quase adulto que já está à espreita.
Mas é um puto porreiro, por isso não devemos estar a fazer tudo mal.
Parabéns a ele, o mais competitivo dos miúdos de 10 anos que eu conheço.
Parabéns a nós caramba, que somos pais há mais de uma década!
1 comentário:
Que post bonito, que me emocionou.
Parabéns Mary. O teu filho está a crescer bem.
Enviar um comentário