domingo, 3 de janeiro de 2021

2020 em livros

Foi um ano de quebra no ritmo de leitura, o que poderia parecer um contra-senso por causa do confinamento, mas parece que foi "mal geral" - andámos todos com pouca cabeça para leituras, apesar do tempo que estivemos sem sair de casa.
Pessoalmente tenho várias razões para ter lido bastante menos do que no ano anterior, a começar com o facto de não ter passado horas e horas em hospitais como aconteceu em 2019 - entre salas de esperas para consultas, para pensos e tratamentos, tardes inteiras nos quartos do internamento (durante as longas sestas do meu pai), além dos serões em sua casa em que dei andamento a muitos livros.

Depois, foi a impossibilidade de ir às bibliotecas, aliada a um grande número de livros que me entrou em casa sem que os tenha escolhido efectivamente.
Com os livros que trouxe do meu pai tinha as estantes cheias, foi só escolher - no entanto, eram livros que muitas vezes não me estavam a apetecer especialmente, mas aos quais tive de me sujeitar... Assim, tive algumas surpresas boas, mas no geral senti falta de outras opções.
Aconteceu muitas vezes desistir dos livros - se não me agarrava ali na página 50, deixava de lado e pegava noutro, coisa impensável no ano anterior. Por isso, perdi por vezes vários dias até encontrar o livro que me fazia ir até ao fim (e a prova disso é que não dei 2 estrelas a nenhum livro este ano, porque pura e simplesmente não os cheguei a acabar).

Regra geral foi um ano morno em termos de livros, só dei 5 estrelas a dois, e só com esses senti aquela urgência de deixar tudo para ler mais um capítulo.

Tinha colocado a fasquia nos 53 livros, ou seja 1 por semana, o que se revelou claramente impossível de alcançar - cheguei a pouco mais de metade.
Este ano vou então tentar chegar aos 35 livros - um pouco menos do que os 40 de 2019, em que às tantas andei a ler à pressão para conseguir alcançar o objetivo, bastante menos dos que os 53 de 2020 que são areia de mais para a minha camioneta. Pareceu-me um número simpático e atingível mas desafiante, vamos ver.

Agora passamos ao resumo de 2020 em livros, segundo o Goodreads:

Livros: 28

Páginas 7419

Livro mais pequeno: Relato de um náufrago (Gabriel Garcia Marquez) 128 pág.

Livro maior: 1Q84 (Haruki Murakami) 492 pág.

Mais popular: A Arte Subtil de saber dizer que se f#da (Mark Manson) lido por 1 291 935 pessoas

Menos popular: Comer Crescer Treinar (Pedro Carvalho e Maria Roriz) lido por 11.

Média de estrelas: 3.7

Livro que mais gostei: Terra Americana (Jeanine Cummins) que é uma história brutal e obrigatória, e Campo de Sangue (Dulce Maria Cardoso) que está tão bem escrito.

Livro que menos gostei: O Ladrão de Arte (Noah Charney) por ser banal e sem interesse por aí além, e No Coração desta terra (J. M. Coetzee) por ser tão fora da caixa e tão negativo que me confundiu e não me deu prazer a ler.

Resumo das leituras de 2019 aqui.

Vamos ver o que nos aguarda em 2021!
Boas leituras, caros leitores!


1 comentário:

Tella disse...

Sim, as bibliotecas fechadas ajudam a explicar o fenómeno também. Nem me tinha lembrado disso. À conta do fecho das bibliotecas, voltei a comprar livros, que ainda não li. Aquele clássico!