quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

Livro 4/35 2021


 

O coração é o último a morrer, de Margaret Atwood

Primeiro livro que leio desta autora, que parece que andou na berra ao longo dos últimos dois anos - isto de andar em redes sociais literárias vamos apanhando as modas do que andam as pessoas a ler, um bocado como há uns anos atrás acontecia quando andava de comboio diariamente - de repente estava uma carruagem inteira a ler o Código Da Vinci ou o Equador (e o que eu embirrava com a fotografia do Miguel Sousa Tavares na contracapa!) - uma pausa saudosista pelo tempo em que as pessoas liam no comboio, sem ir agarradas ao telemóvel. Adiante.
Dizia eu que muita gente a andou a ler, não necessariamente este livro, que segundo percebi não é o melhor.
A autora destaca-se por imaginar cenários hipotéticos que acontecem à sociedade moderna, e as suas consequências para a Humanidade.
Neste caso houve uma espécie de bancarrota, ninguém tem casa nem trabalho, o casal principal vive no carro à mercê de grupos de delinquentes, ladrões, violadores... até que são aliciados a entrar numa espécie de sociedade alternativa, em que em troca de casa e segurança teriam de abdicar da sua liberdade e ir para a prisão, mês sim, mês não.
Está bem escrito, e é daqueles que temos vontade de pegar no livro - e isso para mim, neste momento, é o mais importante. Quero lá saber se é uma obra prima da literatura, o que quero é que o livro me prenda e me dê vontade de o ler várias vezes ao dia. E este, apesar de não andarmos em pulgas para ver o que se segue, dá sempre vontade de saber o que vem a seguir, como vão eles sair das situações.
Apesar disso há ali pormenores que me parecem superfluos - parece que a autora os ia desenvolver e depois desiste - e o fim na minha opinião ficam aquém, além de ser completamente previsível.

Li um exemplar emprestado pela minha irmã ao Tê, nas férias de verão, mas já o devolvi.
Dei 4 estrelas e recomendo.

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