Tenho contado aos pequenos cá de casa.
Não tenho grande imaginação para histórias inventadas - não fui brindada com o talento do meu pai, que bem podia escrever uma colecção de livros infantis com as histórias que nos contava - e tenho tendência para me fartar dos livros infantis ao fim da terceira vez que os leio (como sabeis, a criançada pede a mesma história vezes sem fim).
Vai daí, conto-lhes histórias verdadeiras, episódios da minha vida que se passaram de verdade. Com um ou outro apontamento romanceado (uma pitada de sal) mas ainda assim, verdadeiras.
Já lhes contei a história de quando deixei o meu Mickey (com que eles hoje brincam) na escola, de quando um cão mordeu um pato (que sobreviveu) no jardim da Gulbenkian, de quando fui picada pelo peixe aranha quando estava na praia com os amigos.
Eles (leia-se o mais velho, a outra é-lhe igual ao litro) adoram, ficam estarrecidos a ouvir as minhas palavras. Eu conto tudo com mais entusiasmo, porque, claro, sei do que estou a falar, e há sempre uma lição a aprender em cada história.
É só pensar um bocadinho e todos temos milhares de histórias que podemos contar aos nossos filhos.
E até já tenho umas quantas para quando eles forem (bem) mais crescidos.
Vamos ver se continuam a gostar...
2 comentários:
Quando acrescentas uma pitada e eles pedem bis consegues contar ipis verbis? Eu não... de cada vez que lhes recontava uma história (eu também lhes inventei várias) tinha sérias dificuldades em contar a mesma versão e logo vinha a censura «Oh,mãe! Não é assim!». Daí retirei grande lição... melhor não mentir! Ou nunca serei capaz de manter a versão «original»... lol!!
Ora aí está, são histórias verdadeiras, não inventadas, pelo que não há como enganar!
Mas no geral os meus ainda não são muito exigentes nos pormenores, vamos ver como corre daqui a uns tempos...
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