Por razões alheias à minha vontade, já aqui disse que este ano de 2014 está a ser rico em experiências... diferentes. Daquelas que nos mudam por dentro, mas que passavamos melhor sem elas (isto é para não dizerem que não sou optimista, caramba, até estou orgulhosa de mim pela maneira que encontrei de dizer que este ano está a ser uma grande bosta e que muito pouca coisa boa tem acontecido. Adiante).
Algumas dessas experiências incluem visitas mais ou menos frequentes ao serviço de oncologia do Hospital de Sta Maria - não, não é nada comigo, e por isso não falo mais neste assunto.
E pronto, é toda uma realidade paralela, o que ali se passa e se vê. E se me faz muita, muita confusão os senhores e senhoras que vejo, ainda maior confusão me faz ver jovens (porque ali não há crianças, que disso então nem se fala). E pior que jovens, jovens com deficiência. Ora bolas, caraças, um rapaz que não tem uma perna ou uma rapariga totalmente imobilizada da cintura para baixo, e com várias deficiências aparentes, não têm já a sua cota parte de sofrimento? É mesmo preciso passarem por isto?? E eu olho para aqueles pais, que nem consigo descrever o estado em que se encontram, e penso "isto é justo?".
Eu até me considero uma pessoa que vê sempre o copo meio cheio, mas caraças que esta vida às vezes é uma grande merda.
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