Quarentena começa a ser pouco para aquilo que estamos a viver, já estamos mais perto da cinquentena e sabemos lá até quando é que isto dura, e o que se vai seguir...
Noto que estamos todos basicamente a ficar um pouco loucos, a alternar entre o alto e o baixo, entre o aproveitar o bom que há nisto tudo e o fartos que estamos todos desta porcaria.
Por cá continuo, desde o dia 1, a sentir falta dos meus momentos. Não me consigo ouvir, não consigo seguir uma linha de pensamento, ler um artigo, ler notícias, ou o que quer que seja sem ser interrompida. Mil vezes.
Mal comparado, sinto-me como me senti quando tinha dois bebés e só conseguia (mal!) ser mãe, mãe, mãe - onde andava eu, Mary, no meio das fraldas e babetes? Por aí perdida.
Agora igual. Há menos fraldas (mas ainda há), mas há escola nos portáteis e na televisão, TPC para supervisionar, e entre comidas e roupas e limpezas e o raio, ando eu meia perdida.
(para escrever estes 3 parágrafos tive de interromper nem sei quantas vezes, mandar separar outras tantas. Há uma tenda na sala à minha espera. Não consigo ter nem dois minutos para escrever)
Isto às tantas pode ser muito sufocante.
É isso que sinto.
2 comentários:
#hajavinho
Haja paciência e um trapinho para a embrulhar, ou ela foge
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