quarta-feira, 29 de abril de 2020

Mais um post sobre a quarentena

Quarentena começa a ser pouco para aquilo que estamos a viver, já estamos mais perto da cinquentena e sabemos lá até quando é que isto dura, e o que se vai seguir...

Noto que estamos todos basicamente a ficar um pouco loucos, a alternar entre o alto e o baixo, entre o aproveitar o bom que há nisto tudo e o fartos que estamos todos desta porcaria.

Por cá continuo, desde o dia 1, a sentir falta dos meus momentos. Não me consigo ouvir, não consigo seguir uma linha de pensamento, ler um artigo, ler notícias, ou o que quer que seja sem ser interrompida. Mil vezes.
Mal comparado, sinto-me como me senti quando tinha dois bebés e só conseguia (mal!) ser mãe, mãe, mãe - onde andava eu, Mary, no meio das fraldas e babetes? Por aí perdida.
Agora igual. Há menos fraldas (mas ainda há), mas há escola nos portáteis e na televisão, TPC para supervisionar, e entre comidas e roupas e limpezas e o raio, ando eu meia perdida.

(para escrever estes 3 parágrafos tive de interromper nem sei quantas vezes, mandar separar outras tantas. Há uma tenda na sala à minha espera. Não consigo ter nem dois minutos para escrever)

Isto às tantas pode ser muito sufocante.
É isso que sinto.

2 comentários:

Tella disse...

#hajavinho

Cartuxa disse...

Haja paciência e um trapinho para a embrulhar, ou ela foge