Não me posso queixar, não foi das coisas mais afetadas por este fenómeno chamado maternidade que me atingiu como um raio e quase me derrubou.
É verdade que conheço casos muito piores, mas já pude contar mais com ela, e muitas vezes tenho de pôr todo o tipo de informação como lembrete no telemóvel, para não me esquecer.
E são inúmeras as saídas de casa sem a mochila, sem o próprio telemóvel, sem a lancheira, sem alguma coisa essencial.
Por isso mesmo fico surpreendida quando me acontece como hoje - e tem acontecido com frequência.
O cliente liga e eu, pelo nome penso "já falei com este cliente", procuro no sistema e vai-se a ver e falei sim... em 2008 ou 2009.
Com tanta coisa importante na vida, porque raio a minha memória perde as suas preciosas capacidades com informação que não interessa para nada?
Fica o mistério.
1 comentário:
Eu fui atacada pela falta de memória de forma brutal, tão brutal que fiquei a perceber melhor como é viver como o meu marido, das pessoas mais distraídas que eu conheço. Apesar de importante para o equilíbrio conjugal (passei a ser bastante mais caridosa nas respostas às perguntas "onde é que deixei...? viste o meu...?") foi um percurso de grande sofrimento e incompreensão. Até hoje não percebo como é possível num minuto estar a olhar para um papel e pensar como ele é importante (certidão de nascimento do meu filho mais velho) e 2 segundos depois esse mesmo papel ter desaparecido para sempre. Até hoje. Inexplicável.
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