terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Regresso a Amsterdam - uma grande diferença

Já aqui escrevi umas 18326 vezes que estou, e ando, em dieta, praí desde 1992.
E também já aqui escrevi que engordei uma caterfada de kilos enquanto vivi na Holanda - que é o maior dos contra-sensos, num país em que a comida não presta e se anda de bicicleta, mas que acontece a muita, muita gente, para não dizer a quase todos os que para lá emigram. Para mim é culpa do clima, sempre a puxar para baixo e a pedir comidinha reconfortante, uma fast-food aqui, um chocolate quente e uma tarte de maçã ali.
De qualquer modo, a verdade verdadinha é que esta que vos escreve sempre que regressava a Amsterdam assumia os comportamentos alimentares de outrora, seguindo a teoria de que a) só cá estou esta semana, b) são coisas a que normalmente não tenho acesso, c) logo retomo a dieta quando voltar a Portugal para a semana.
Para os mais distraídos ou que chegaram a este blog há pouco tempo 2014 trouxe-me, entre muitas outras coisas, trust me que a lista é longa, um novo plano alimentar. Abandonei o açúcar e o leite de vaca, e fiz outras alterações estruturais na minha maneira de comer, e principalmente, de pensar.
Sabendo que ia fazer a viagem, pensei sinceramente que quando lá chegasse fosse voltar ao passado como das outras vezes, mas desta vez antes de partir decidi que não.
Passei ao lado de todos os doces que sempre me enfeitiçaram, e apenas dei uma garfada no bolo de anos da minha amiga (que nem sequer era bom...) só para dar boa sorte. Houve oportunidade de comer stroop waffels acabadas de fazer na barraquinha do costume, havia imensos chocolates em casa e no escritório, e toda uma panóplia de novidades doces que não há por cá, mas sinceramente nem sequer me custou não lhes tocar.
Estava mesmo com a cabeça noutro registo.
Também substituí os 3 ou 4 cappuccinos que bebia sempre ao longo do dia de trabalho por canecas de chá (antes de partir até pedi a um colega para me dizer as variedades que há no escritório, para o caso de ser preciso levar). Só vos digo que eu acabava sempre o dia de trabalho cheia de dores de cabeça e cansada, atribuindo ao facto de não estar habituada a trabalhar em ambiente de escritório, e desta vez cheguei ao fim do dia fresca e fofa, a sentir-me muito melhor.
Gostava muito de vos dizer que estou curada do meu vício, que agora é que é e que nunca mais me vão ver a acabar com uma caixa de bombons em menos de nada, mas eu conheço-me melhor do que isso.
Agora que me sinto poderosa, dona de mim e capaz de tudo, lá isso sinto! E sou!