Aquilo que vim fazer quando saí de Portugal já fiz.
(uma versão do chegar, ver e vencer de trazer por casa)
No entanto as razões que me levaram a sair permanecem.
Ouço os planos de quem quer sair de Portugal, o entusiasmo, os ouvidos atentos a beber as nossas palavras, a absorver as nossas experiências ávidos de viver o mesmo, e identifico-me com essa vontade mas já não me reconheço nela.
Há uns anos uma amiga da minha irmã regressou a Portugal após alguns anos passados em Itália. Eu achei a coisa mais estranha do mundo ela voltar e perguntei "porquê?"
Ela respondeu-me:
"Estava farta de viver um Erasmus eterno"
Hoje compreendo o que ela quis dizer (na altura a perspectiva de um Erasmus eterno pareceu-me bastante bem devo dizer).
Nada disto é estável, por muito contrato de trabalho e casa comprada, mas pensar em assentar também me dá um frio na barriga...
Enfim...hoje é daqueles dias...
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