Foi óptimo e fantástico por muitas razões, e uma delas deve-se à crise.
Por causa da crise o Natal ficou para quem mais o aprecia (e merece) - as crianças, e foram elas que receberam os presentes, quase exclusivamente.
Entre adultos houve muita imaginação, muita criatividade, tempo e dedicação para fazer os presentes em casa, como os verdadeiros presentes de Natal deviam ser- houve cabazes com licor de café e bolachinhas, granola, chocolate quente e chás variados, houve copos decorados a ponto cruz, bonecos feitos com tecidos aproveitados, fudge caseiro, sal aromatizado ou açúcar de laranja, calendários com fotografias, até cachecóis tricotados à mão.
Se há coisa boa que esta crise nos traz é esta capacidade de imaginação!
Espero que este espírito se mantenha depois do fim da crise, e que o Natal do centro comercial não regresse nunca mais.
Nunca tive um Natal em que tenha recebido tão poucos presentes, e nunca recebi tanto como este ano.
Espero que a minha filha, nascida no dia em que o FMI chegou a Portugal, não tenha recordações de Natais consumistas, mas de Natais como este, com presentes suficientes, sem exageros, mas com a casa cheia e a mesa farta, que é o que importa.
Perfeito!
7 comentários:
Totalmente de acordo!
No fim das contas acabei por receber bastantes presentes para o que seria de esperar, mas senti que a crise abriu uma oportunidade excelente de o Natal ser Natal!
E acho que há coisas que vieram para ficar, como os presentes feitos em casa. E olha que não sei se são tão mais baratos assim! Mas dão gozo fazer, ao contrário de estar nas lojas a acotevelar-nos com malta. E acho que mostram aos outros que nos preocupamos e perdemos (ou ganhamos) tempo com eles!
Outra coisa gira, que vinha ganhando espaço nos últimos anos mas que neste atingiu o auge foi o tempo dedicado a teatros, músicas, orações, poemas, etc! Foi fantástico e acho que os nossos filhos vão se lembrar disso a vida toda, da animação, das horas trocadas, etc.
Do que me lembro dos Natais de criança era da excitação de ir buscar um saco plástico à escada de caracol ao pé da cozinha e de tentar sacar um lugar sentado na distribuição. OU de ir para o quarto dos avós para fazer a sesta e não pregar olho um minuto que fosse. Curisosamente não me lembro de nenhum presente específico, são coisas que não marcam!
Ou seja, para estas recordações não há crise ou FMI que nos tirem o Natal!
Depois destas divagações, deixo uma saudação de fim de ano!
Concordo com o Naish, a novidade deste ano, mais do que os presentes homemade, que sempre tiveram adeptos na nossa família com jeito para a cozinha, foi mesmo a oração, o cantar "Gloria in Excelsis Deo" em família, os poemas e para mim a missa do Galo, onde já não ia desde que os meus filhos mais velhos nasceram e soube mesmo bem!
Foi muito mais marcante e muito mais giro, as musicas, a oração, os teatros do que o Natal consumista e materialista... apesar de a troca DINAMICA do primo secreto tem de continuar em futuros anos!
PS- Domingo dou ao T. o meu, M.
Em relação a lembrar dos presentes, tenho de discordar porque eu lembro-me muito bem de alguns presentes que recebi, nomeadamente da vossa mãe - um cesto gigante cheio de acessórios dos barriguitas, por exemplo, recebido num ano que a troca de presentes foi feita cá em baixo no bar (a que propósito?). E lembro-me também de os rapazes receberem o castelo de madeira para brincar ao playmobil - estou certa que te lembras também, Naish! Mas sim, nunca é o mais importante, e a coisa de facto facilmente descamba para o exagero, para o abrir 1000 coisas sem ligar a nenhuma, etc.
Não estive presente na noite de Natal, e na nossa não houve poemas, mas houve presentes apenas para as crianças (mas a avó do Tê deu-me depois um presente no dia seguinte às escondidas, ih ih ih) e muita conversa - excepcionalmente não houve jogo de cartas, que costuma haver sempre.
No dia 25 amei a teatrada dos primos. Há talento na família, e mais não digo!
(acho bem P. Diz à tua M que eu adorei a moldura, já está no quarto do Henrique!)
Sim, por acaso lembro-me bem desse castelo. E lembro-me de o L, o B e o eu termos saído da cave com o castelo no minuto em que o recebemos, levando-o em ombros em atitude triunfal. Voltámos para o resto da distribuição? Não me lembro!
Lembro-me também de recebermos cassetes audio dadas pela avó. Eu recebi o Rui Veloso "Mingos e os Samurais - I" e o L o II e cada um recebia a sua cassete virgem para gravar o outro volume que tinha cabido ao primo! Não é de génio? :-)
E se bem me lembro, houve um ano em que tu ajudaste a avó nestas tarefas e recebeste o Hit Parade I e II e não apenas um deles e a devida cassete. Terá sido??
E agora lembro-me que as cassetes virgem (ah, saudosas BASF e TDK!) eram um presente supimpa!
Fantástico! Eu pessoalmente não me lembro de nenhum presente em especial, mas do momento da distribuição sim. Houve muitas famílias que este ano não deram presentes e acho que, apesar de odiar o Natal consumista e de isso ter invadido o verdadeiro espírito de Natal, o acto de dar faz muito parte do Natal. Eu gostei muito de ter fabricado a maior parte dos meus presentes de Natal, com a ajuda dos meus filhos. Também gostei de ver a sua preocupação em arranjar cada um deles os seus presentes para os avós e tios. Ainda comprei alguns, mas acho que isso também é importante para manter a economia a mexer!
E eu adorei a ideia do cabaz e das rifas e tenho-me lambuzado com os deliciosos acepipes que a Mãe de 3 e seus pintinhos fizeram! Sim, pela 1ª vez na vida ganhei o 1º prémio das rifas que compro, YES!
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