É incrível a capacidade de divagação da nossa mente. Como nos lembramos de uma coisa, que nos leva a outra e a outra e a outra.
Hoje em conversa com o T. tive este seguimento de pensamentos, por esta mesma ordem.
Foi uma questão de segundos, passei do 1) ao 8) sem dar por ela.
Estou há que tempos para comentar com a pessoa em questão o ponto 8, mas lá está, por uma razão ou por outra vou deixando passar.
Aqui fica para a posteridade:
1) A R. vai dar uma festa no sábado, e eu fiquei de convidar a I. e os amigos para irem também. O objectivo da festa é conhecer novas pessoas.
2) Em Santiago também demos uma festa em nossa casa, e também apareceram muitas pessoas que não conhecíamos.
3) Entre essas pessoas estavam duas francesas, e eu e o F. acabámos a noite numa discoteca com elas, eu a pensar que elas tinham vindo à nossa festa por serem amigas dele, ele a pensar que eram minhas amigas.
4) Essas francesas apareceram em nossa casa meses mais tarde a perguntar se tínhamos algum quarto disponível. Como não tinham o nosso número não nos podiam ligar, e por isso apareceram lá assim do nada (nunca mais as tínhamos visto desde a festa).
5) Exactamente em baixo da nossa casa havia o café A Codorniz, muito giro, onde tanto se podia tomar o pequeno-almoço como beber um copo à noite. A Codorniz a dada altura virou moda, e era muito prático porque sabíamos que sempre que lá íamos encontrávamos alguém, e quando não estava ninguém em casa já sabíamos que estavam n'A Codorniz.
6) Quando vivi na Parede e vagou a Vedior no andar de baixo tive muita esperança que fosse para ali um café engraçado, mas afinal foi para lá uma Igreja Universal Alternativa (que me acordava aos domingos de manhã, mas adiante)
7) Nenhum dos meus amigos tem um café em baixo de casa onde nos possamos encontrar, o que é uma pena. Um café onde não fosse preciso combinar, onde nos pudéssemos encontrar a seguir ao trabalho ou depois do jantar.
8) Gostei muito (e este é o meu ponto final e o objectivo deste post) da casa da M.J. em Porto Salvo, não só pela casa em si mas também pelo bairro, e pela presença do café Flor de Porto Salvo (com direito a pires com sal grosso e ovo cozido na montra) mesmo à porta. Imagino-nos a beber uma cervejola ali no larguinho (e se tiveres uns tremoços em casa até os podes mandar pela janela, M.J!). Gostei bastante da casa por dentro, mas do que eu gostei mesmo foi daquele bairro. Acho que é um bairro com carácter.
Este comentário 8 devia estar aqui no meu subconsciente à espera de uma oportunidade para vir à superfície.
As voltas que ele deu!
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