Na véspera do meu 5º aniversário quando me fui deitar na minha cama de grades chorei. Estava profundamente triste porque não queria fazer 5 anos. Não queria. Queria ficar com 4.
Foi a minha primeira crise existencial. Pela primeira vez na minha vida tomei consciência (dentro do possível) de que o tempo não volta para trás e que não havia nada que eu fizesse que pudesse mudar o meu destino (terrível) de completar 5 anos.
Todos os anos a véspera dos meus anos é um dia de reflexão. Mais um ano: o que mudou? o que permanece igual?
E de repente estou com 29... um dia não quero fazer 5 e no outro estou à beira dos 30.
Ainda não percebi como isto aconteceu.
A minha mãe com a minha idade tinha 3 filhas e na minha perspectiva era uma senhora crescida.
Eu por enquanto ainda não me sinto adulta. Sinto-me só quase. Quase adulta.
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