Este já acabou.
Gostei bastante, muito mais do que quando o comecei a ler em inglês.
Não sendo exactamente o meu tipo de livro, é uma história muito bem pensada e que não deixa pontas soltas, nem termina à pressa para tentar despachar. Está muito bem pensado e a história é cativante.
Imagino o autor a pensar a história do princípio ao fim, e depois a escrever tipo mosaico e a voltar atrás e à frente para se certificar que tudo bate certo, todos os pormenores se encaixam.
Surpreendeu-me o cenário de uma Barcelona cinzenta, cheia de nevoeiro, de chuva, de humidade, até neve - diferente da Barcelona cheia de sol e mar do meu imaginário.
Este livro fica marcado também por outra questão.
Fui resgata-lo porque nas férias falei sobre ele com o meu pai, a minha irmã e o Te - todos gostaram bastante, apesar de terem gostos de leitura muito diferentes. Quando voltámos, a minha cunhada por coincidência, tinha começado a lê-lo também.
No domingo dia 15 ao almoço nos meus sogros vejo o livro dela na mesinha da entrada, e não resisti a ver em que página estava - mais atrasada que eu - e claro que à mesa falámos sobre o livro, onde estamos, o que estamos a achar, etc.
Umas horas mais tarde, já com bastantes contrações, a minha cunhada pega nas suas coisas para ir para a maternidade - mala ao ombro e livro debaixo do braço. E pronto, é a última imagem que tenho dela grávida: à porta de casa à espera do meu cunhado que tinha ido buscar as coisas a casa, nervoso miudinho, algumas dores, e A Sombra do Vento debaixo do braço. Na altura nem comentei mas achei muita graça - vou ali parir mas o livro vai comigo que está numa parte interessante lol.
E não, a minha sobrinha não se chama Penélope, nem Beatriz eh eh eh (as heroínas do livro, para quem não leu).
No seguimento das conversas das férias o meu pai ofereceu-me o livro que se segue:
Mantém-se o cenário de Barcelona, desta vez nos anos 20, e mantém-se a relação com o Cemitério dos Livros Esquecidos. Vamos ver no que dá.
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