...vamos para Tróia, com a família Nico. :)
Dois dias de praia-paraíso que estão mesmo a apetecer!
E agora uma informação gratuita para todos: Troia em italiano significa... puta!
(desculpem lá oh leitores sensíveis, mas sim, este blog diz asneiras às vezes)
Isto de ter amigos internacionais é assim, estamos sempre a aprender!
sexta-feira, 31 de julho de 2009
Esta foi nova...
Apanhei um cliente ingles sopinha de massa e sem dizer os L.
Fiquei sem perceber se se chamava Chris ou Cliff.
Foi uma conversa surreal!
Fiquei sem perceber se se chamava Chris ou Cliff.
Foi uma conversa surreal!
quinta-feira, 30 de julho de 2009
O tema "parto"
Hoje comecei as aulas de preparação para o parto ( que merece um post à parte) pelo que é um bom dia para lançar o tema.
Sinceramente, o parto não me assusta nem mete medo.
Tenho respeito, mas não medo (como tenho respeito pelo mar, e não medo).
Lembro-me de quando estava de 11 semanas falar com uma grávida na altura de 22 semanas na aula de Pilates, e a dada altura na conversa ela referiu-se ao parto como "aquilo que nem queremos ouvir falar". Discordei por completo. Acho que se deve falar e desmistificar o parto na medida do possível.
Os partos, como a roupa e a decoração, passam por diversas modas.
Há uns anos atrás quando tomei contacto com os primeiros partos "marcados" (mesmo sem ser cesariana), achei que fazia todo o sentido. Tudo calmo e tranquilo, sem dor, sem gritos nem corridas para o hospital desnecessárias. No entanto, desde que engravidei que esta teoria deixou completamente de fazer sentido para mim.
Então se um parto é uma coisa natural, para que faze-lo artificialmente?
Os bebés e as mães é que devem definir a data do parto, e não o médico (a não ser que haja razoes para isso).
Hoje em dia a moda é o parto natural. Se até há pouco tempo nunca ninguém tinha ouvido falar em "doulas" ou partos na água, aos poucos todos fomos conhecendo este ou aquele caso de mulheres que se vão aventurando nesses campos.
Qualquer grávida de 2009 que se meta a ler os últimos artigos e blogs da área vai ser inundada de informaçoes a defender o parto natural. Em casa, dentro de água, na sala de estar ou no quarto, sem sequer haver uma pessoa da área da medicina presente.
Tudo muito bonito, mas... para os outros. Esta teoria a mim também não me serve.
Tia de vários sobrinhos acho que já "vi" partos suficientes para perceber que em casa, não obrigado. Antigamente também se arrancavam dentes em casa mas nem por isso me parece que o voltemos a fazer...
Cheguei à conclusão que a verdade é que, entre uma teoria e a outra, a maioria das mulheres vai para a sala de parto totalmente às escuras. Só depois de passar por ele é que se sabe ao que se vai.
Por isso mesmo achei que o melhor é munir-me de toda a informação disponível sobre o assunto. Sei que a maioria das vezes tudo o que se aprende cá fora é em vão, mas faz-me confusão não preparar este momento.
Nem que seja para entrar confiante de que sei ao que vou e que tenho o controlo da situação, nem que seja para chegar ao fim e dizer que de nada serviu.
A minha ideia era fazer um curso que me permitisse saber exactamente o que esperar e o que fazer na hora H, mas por razoes de orçamento vou-me ficar pelo curso gratuito do Centro de Saúde. Além disso ando a ler tudo o que me aparece à frente sobre o assunto.
Perguntei ontem à minha médica o que fazer para melhor preparar o parto, e a resposta foi, basicamente, fazer Pilates, fazer o cursinho do Centro de Saúde, passear, disfrutar o momento e tirar fotos à barriga. Isto é como quem diz, deixar correr e não pensar muito nisso.
Mas apetecia-me mesmo ter o controlo total da situação. Chegar à maternidade e ser como no cabeleireiro: alguém pergunta "ora então como é que vai ser?" e eu dizia "super natural e sem dor, obrigada" e pronto, era despachar o assunto e vir embora.
Gostava mesmo de conseguir entrar em trabalho de parto sozinha mesmo que a minha médica não esteja de banco e não possa estar presente, gostava mesmo de conseguir controlar a dor e relaxar e não precisar de epidural e gostava mesmo de não ser preciso partir para uma cesariana.
Já várias mães me disseram "isso é o que tu dizes agora" e "deixa virem as dores e depois quero ver essa do sem epidural" e coisas que tais. (São tão queridas, as mães que (acham que) sabem tudo!)
Enfim... vou ter de entregar a situação à Natureza, preparar-me dentro do possível e esperar que corra tudo pelo melhor.
Escrevo este post exactamente porque se calhar daqui a um tempo serei eu a mãe que tudo sabe, que vai mandar bitates a torto e a direito, e que vai achar todas estas ideias ridículas e romanticas e típicas de quem não pesca nada do assunto.
Serve este post para daqui a uns tempos vir aqui engolir estas palavras como sapos.
Ou não...
Sinceramente, o parto não me assusta nem mete medo.
Tenho respeito, mas não medo (como tenho respeito pelo mar, e não medo).
Lembro-me de quando estava de 11 semanas falar com uma grávida na altura de 22 semanas na aula de Pilates, e a dada altura na conversa ela referiu-se ao parto como "aquilo que nem queremos ouvir falar". Discordei por completo. Acho que se deve falar e desmistificar o parto na medida do possível.
Os partos, como a roupa e a decoração, passam por diversas modas.
Há uns anos atrás quando tomei contacto com os primeiros partos "marcados" (mesmo sem ser cesariana), achei que fazia todo o sentido. Tudo calmo e tranquilo, sem dor, sem gritos nem corridas para o hospital desnecessárias. No entanto, desde que engravidei que esta teoria deixou completamente de fazer sentido para mim.
Então se um parto é uma coisa natural, para que faze-lo artificialmente?
Os bebés e as mães é que devem definir a data do parto, e não o médico (a não ser que haja razoes para isso).
Hoje em dia a moda é o parto natural. Se até há pouco tempo nunca ninguém tinha ouvido falar em "doulas" ou partos na água, aos poucos todos fomos conhecendo este ou aquele caso de mulheres que se vão aventurando nesses campos.
Qualquer grávida de 2009 que se meta a ler os últimos artigos e blogs da área vai ser inundada de informaçoes a defender o parto natural. Em casa, dentro de água, na sala de estar ou no quarto, sem sequer haver uma pessoa da área da medicina presente.
Tudo muito bonito, mas... para os outros. Esta teoria a mim também não me serve.
Tia de vários sobrinhos acho que já "vi" partos suficientes para perceber que em casa, não obrigado. Antigamente também se arrancavam dentes em casa mas nem por isso me parece que o voltemos a fazer...
Cheguei à conclusão que a verdade é que, entre uma teoria e a outra, a maioria das mulheres vai para a sala de parto totalmente às escuras. Só depois de passar por ele é que se sabe ao que se vai.
Por isso mesmo achei que o melhor é munir-me de toda a informação disponível sobre o assunto. Sei que a maioria das vezes tudo o que se aprende cá fora é em vão, mas faz-me confusão não preparar este momento.
Nem que seja para entrar confiante de que sei ao que vou e que tenho o controlo da situação, nem que seja para chegar ao fim e dizer que de nada serviu.
A minha ideia era fazer um curso que me permitisse saber exactamente o que esperar e o que fazer na hora H, mas por razoes de orçamento vou-me ficar pelo curso gratuito do Centro de Saúde. Além disso ando a ler tudo o que me aparece à frente sobre o assunto.
Perguntei ontem à minha médica o que fazer para melhor preparar o parto, e a resposta foi, basicamente, fazer Pilates, fazer o cursinho do Centro de Saúde, passear, disfrutar o momento e tirar fotos à barriga. Isto é como quem diz, deixar correr e não pensar muito nisso.
Mas apetecia-me mesmo ter o controlo total da situação. Chegar à maternidade e ser como no cabeleireiro: alguém pergunta "ora então como é que vai ser?" e eu dizia "super natural e sem dor, obrigada" e pronto, era despachar o assunto e vir embora.
Gostava mesmo de conseguir entrar em trabalho de parto sozinha mesmo que a minha médica não esteja de banco e não possa estar presente, gostava mesmo de conseguir controlar a dor e relaxar e não precisar de epidural e gostava mesmo de não ser preciso partir para uma cesariana.
Já várias mães me disseram "isso é o que tu dizes agora" e "deixa virem as dores e depois quero ver essa do sem epidural" e coisas que tais. (São tão queridas, as mães que (acham que) sabem tudo!)
Enfim... vou ter de entregar a situação à Natureza, preparar-me dentro do possível e esperar que corra tudo pelo melhor.
Escrevo este post exactamente porque se calhar daqui a um tempo serei eu a mãe que tudo sabe, que vai mandar bitates a torto e a direito, e que vai achar todas estas ideias ridículas e romanticas e típicas de quem não pesca nada do assunto.
Serve este post para daqui a uns tempos vir aqui engolir estas palavras como sapos.
Ou não...
terça-feira, 28 de julho de 2009
Começa a saga...
...e que fique registado que às 27 semanas comecei a preocupar-me verdadeiramente com o parto. (não confundir com medo, porque esse deve vir mais tarde mas ainda não é para já)
Hoje já sonhei com o parto e tudo, e se bem me conheço a saga vai continuar até ao dia em que ocorra o próprio.
Para breve um post sobre este assunto.
Hoje já sonhei com o parto e tudo, e se bem me conheço a saga vai continuar até ao dia em que ocorra o próprio.
Para breve um post sobre este assunto.
segunda-feira, 27 de julho de 2009
Ikea ao fim-de-semana
Já me tinham avisado que está sempre impossível, mas sinceramente com os 35 graus que estavam no sábado à tarde não nos ocorreu que estivesse à pinha como estava.
Achámos que estava toda a gente na praia de Carcavelos, mas afinal estava só metade da gente.
A outra metado estava no Ikea.
Sobrevivemos e menos mal que com esta barriga tenho direito a caixa exclusiva (não é prioritária).
E à pergunta da praxe: "foram ver coisas para o bebé?" a resposta é, obviamente, não!
Fomos ver (e comprar) cortinas para a sala.
Cada coisa no seu tempo. Há que definir prioridades.
Achámos que estava toda a gente na praia de Carcavelos, mas afinal estava só metade da gente.
A outra metado estava no Ikea.
Sobrevivemos e menos mal que com esta barriga tenho direito a caixa exclusiva (não é prioritária).
E à pergunta da praxe: "foram ver coisas para o bebé?" a resposta é, obviamente, não!
Fomos ver (e comprar) cortinas para a sala.
Cada coisa no seu tempo. Há que definir prioridades.
sexta-feira, 24 de julho de 2009
Compras online - feedback
O balanço é claramente positivo.
Temos a despensa cheia sem sair de casa, vieram entregar antes das 12h (podiam vir até às 18h), e faz-se o pagamento por Multibanco sem problema.
Algumas surpresas que encontrei nos sacos, provavelmente por nabice minha:
Temos a despensa cheia sem sair de casa, vieram entregar antes das 12h (podiam vir até às 18h), e faz-se o pagamento por Multibanco sem problema.
Algumas surpresas que encontrei nos sacos, provavelmente por nabice minha:
- o leite supostamente vinha lá como 6 unidades, ou seja pedi 2 unidades para ter 12 litros de leite, certo? Errado, vieram só 2 litros!
- a cabeça de esfregona não é nada do que eu imaginei, mas também serve
- a caixa de Fitness é GIGANTE
- as latas de tomate pelado também são GIGANTES, mas o frasco de polpa de tomate é uma miniatura
- os cogumelos vieram inteiros e não laminados
- o queijo flamengo veio em meia-bola e não fatiado
- e para mim a melhor de todas: achei que tinha comprado daqueles sacos de postas de pescada, mas afinal comprei uma pescada inteira (sem cabeça nem rabo, menos mal), congelada, dura que nem uma pedra! Vou ter de um dia a descongelar, cortar em postas (sei lá como!) e ficar a comer pescada durante uma semana porque não posso voltar a congelar!
quinta-feira, 23 de julho de 2009
Compras Online
Depois de 1 ano a subir 3 andares com compras, resolvemos ouvir as sugestoes da famelga e amigos e aceder ao Continente Online.
Ontem passámos um bocado de tempo de volta daquilo, mas foi um investimento, pois agora fica a nossa lista de compras gravada na nossa conta e a partir daqui nas próximas compras é só escolher na lista e acrescentar o que falta. Nós normalmente nem fazemos lista antes de ir ao supermercado, ou fazemos e esquecemo-nos dela em casa, pelo que ter ali a lista sempre à mão parece-me uma ideia de génio.
Amanhã vem entregar entre as 8h30 e as 18h. Era o horário de entrega mais barato, e assim como assim aproveito que estou mesmo em casa o dia todo. Espero que apareçam antes das 16h30.
Não arrisquei legumes e frutas, nem iogurtes, nem carne e peixe, não só porque há coisas que temos de ver (e tocar, cheirar, pesar) antes de comprar mas também porque neste momento não era preciso (se fosse preciso tinha encomendado sem problema).
Se tudo correr bem, não voltamos a por os pés num hipermercado tão cedo.
Parece-me muito bem.
Ontem passámos um bocado de tempo de volta daquilo, mas foi um investimento, pois agora fica a nossa lista de compras gravada na nossa conta e a partir daqui nas próximas compras é só escolher na lista e acrescentar o que falta. Nós normalmente nem fazemos lista antes de ir ao supermercado, ou fazemos e esquecemo-nos dela em casa, pelo que ter ali a lista sempre à mão parece-me uma ideia de génio.
Amanhã vem entregar entre as 8h30 e as 18h. Era o horário de entrega mais barato, e assim como assim aproveito que estou mesmo em casa o dia todo. Espero que apareçam antes das 16h30.
Não arrisquei legumes e frutas, nem iogurtes, nem carne e peixe, não só porque há coisas que temos de ver (e tocar, cheirar, pesar) antes de comprar mas também porque neste momento não era preciso (se fosse preciso tinha encomendado sem problema).
Se tudo correr bem, não voltamos a por os pés num hipermercado tão cedo.
Parece-me muito bem.
Vida de adulto - ou a minha médica de família que não me apareça à frente
Ainda no seguimento do post anterior, que isto esta semana tem sido recheado de stresses da vida adulta, ontem tive um ataque de nervos à porta do Centro de Saúde.
A minha querida médica de família acha mais divertido comunicar comigo através de papelinhos colados ao receituário em vez de explicar verdadeiramente o que tenho de fazer. No meio disto tudo, recusa-se a passar-me a isenção (sem me explicar porque ou porque não).
Obriga-me a pegar na receita da minha médica obstetra, tirar senha no centro de saúde, esperar na sala de espera 1 hora pelo menos, preencher o receituário e entregar no balcão. Dias depois regresso ao centro de saúde, tiro senha, espero mais 1 hora, lá me entregam as credenciais e receituário com um recadinho da médica. Credenciais sem isenção, e às quais faltava um exame.
Regressa noutro dia ao centro, tira senha, espera, e respondo à dra da mesma forma, com um recadinho no receituário. Ontem vou lá novamente, tira senha, espera, para me ser entregue as mesmas credenciais e com novo recadinho mal educado e parvo da médica a dizer que quem decide da isenção é ela!
Coitada da senhora do balcão que levou com a minha fúria e raiva dirigida à sra dra! Ora se quer que eu prove que estou grávida, se precisa de uma declaração ou de marcar uma consulta (isto explicou-me a senhora do balcão), ela que diga! Que explique! Já que gosta de mandar recadinhos ao menos que sejam úteis, que explique não me passa a isenção sem provas, que eu arranjo-lhe as provas que ela quiser.
Mas não, deve achar mais divertido mandar a grávida ir e vir do centro, esperar horas na sala de espera, para depois ficar na mesma. Estúpida!
Juro que se ela me aparecesse à frente ontem à tarde (e se eu a reconhecesse!) estava capaz de a atropelar.
Não se metam com grávidas de hormonas aos pulos, meus amigos, que isto a malta fica fora de si!
Agora vamos lá ver como isto se resolve...
A minha querida médica de família acha mais divertido comunicar comigo através de papelinhos colados ao receituário em vez de explicar verdadeiramente o que tenho de fazer. No meio disto tudo, recusa-se a passar-me a isenção (sem me explicar porque ou porque não).
Obriga-me a pegar na receita da minha médica obstetra, tirar senha no centro de saúde, esperar na sala de espera 1 hora pelo menos, preencher o receituário e entregar no balcão. Dias depois regresso ao centro de saúde, tiro senha, espero mais 1 hora, lá me entregam as credenciais e receituário com um recadinho da médica. Credenciais sem isenção, e às quais faltava um exame.
Regressa noutro dia ao centro, tira senha, espera, e respondo à dra da mesma forma, com um recadinho no receituário. Ontem vou lá novamente, tira senha, espera, para me ser entregue as mesmas credenciais e com novo recadinho mal educado e parvo da médica a dizer que quem decide da isenção é ela!
Coitada da senhora do balcão que levou com a minha fúria e raiva dirigida à sra dra! Ora se quer que eu prove que estou grávida, se precisa de uma declaração ou de marcar uma consulta (isto explicou-me a senhora do balcão), ela que diga! Que explique! Já que gosta de mandar recadinhos ao menos que sejam úteis, que explique não me passa a isenção sem provas, que eu arranjo-lhe as provas que ela quiser.
Mas não, deve achar mais divertido mandar a grávida ir e vir do centro, esperar horas na sala de espera, para depois ficar na mesma. Estúpida!
Juro que se ela me aparecesse à frente ontem à tarde (e se eu a reconhecesse!) estava capaz de a atropelar.
Não se metam com grávidas de hormonas aos pulos, meus amigos, que isto a malta fica fora de si!
Agora vamos lá ver como isto se resolve...
terça-feira, 21 de julho de 2009
segunda-feira, 20 de julho de 2009
26 semanas e 2 dias
Nota: este post pode vir a ser acrescentado à medida que me vou lembrando das coisas.
Custa-me/Tenho dificuldade em:
Custa-me/Tenho dificuldade em:
- vestir os collants elásticos - não por estarem 30 graus, mas porque é difícil chegar aos pés por muito tempo
- baixar-me por muito tempo ou várias vezes de seguida - o que implica dificuldade em tirar coisas do saco da praia debaixo do guarda-sol ou em tirar a máquina da loiça (esta veio mesmo a calhar ih ih ih)
- subir os 3 andares quando estou carregada com sacos (sem sacos ainda o faço na boa)
- ficar quieta com as pernas quando estou a ver televisão
Uso:
- umas cinco almofadas para dormir: duas para a cabeça (uma anatómica e a outra é a minha de toda a vida), uma entre as pernas, uma na barriga e outra nas costas. Giro giro é ter de mudar de lado não sei quantas vezes por noite com todo este aparato
- uma enciclopédia debaixo do colchão para as pernas ficarem para cima
- um banco para por os pés para cima a trabalhar
- uma almofada nas costas para trabalhar
Gosto muito:
- de olhar para o espelho e ver a barriga grande (isto para quem passa a vida toda a tentar disfarçar a barriga é uma sensação fantástica!)
- de ter direito a passar à frente no supermercado (se bem que o tenha feito até agora apenas 1 vez porque ainda me aguento bem, e tenho sempre pena da pessoa que está à minha frente)
- de nunca estar sozinha
- de o sentir a mexer
- de ter direito a festinhas da barriga da famelga e amigos, em especial da sobrinhada que fala primeiro ao bebé com beijinhos e festinhas, e só depois levantam a cabeça para me cumprimentar a mim
Mais coisas:
- estou sempre com nódoas na barriga, coisa que me irrita porque está bastante em evidencia, ja me aconteceu ter de estar de casaco fechado, ou ter de trocar de t-shirt para disfarçar nódoas
- nunca me passou a vontade constante de ir ao WC, que dizem que aparece no 1o trimestre, passa no 2o para se agravar no 3o outra vez. Eu estou desde Fevereiro a ir a casa de banho de meia em meia hora, e conheço os WC públicos de praticamente todos os locais onde passei
- quando lavo as mãos nessas casas de banho públicas involuntariamente e invariavelmente encosto-me aos lavatórios, que normalmente estão limpos, secos e sem restos de sabão, papel, cabelos e outras nojices. Já se sabe que saio eu de lá com uma mega mancha na barriga, que às vezes a tentar tirar ainda faz pior.
E ainda:
- também me custa estender a roupa
Ultimas semanas de Julho
...não era aquela fase em que o ritmo de trabalho abranda?
Não.
Não sei se é da crise, mas parece que a espanholada não está a querer ir de férias, e continuam a ligar e a mandar e-mails como se estivessemos em Março.
Seca.
Não.
Não sei se é da crise, mas parece que a espanholada não está a querer ir de férias, e continuam a ligar e a mandar e-mails como se estivessemos em Março.
Seca.
sexta-feira, 17 de julho de 2009
O meu filho tem muita personalidade
Sabem aquelas grávidas que dizem que o bebé mexe imenso, mas por muito que toquemos não sentimos nada?
That's me and my boy!
O rapaz mexe, e mexe bem, mas basta alguém vir cá por a mão que ele pára e bem podem esperar.
Ou então mexe tão suavemente que nem se nota cá fora, para eu passar pela vergonha de dizer "mexeu, sentiste?" e ouço sempre "não!" com uma cara de desilusão.
Chega mesmo ao escandalo de estar a mexer à grande, e quando eu olho para a barriga para ver se se nota cá fora, ele pára.
Mexe muito quando estamos em casa (longas horas) a trabalhar, mexe muito quando acabo de lanchar e me sento no sofá, mexe muito quando acordo de madrugada e como qualquer coisa. Mexer em situaçoes sociais, em casa dos avós, na praia, no café com os amigos é que não.
E depois passo eu horas com mãos ansiosas coladas à minha barriga à espera que o menino se digne a dar um pontapé... e nada!
Acho piada quando me dizem "Oh Mary, ainda não senti o teu bebé!", é que tirando o pai e duas tias (muuuuito experientes e persistentes também) ninguém sentiu!
Vai ser daqueles miúdos irritantes que fazem gracinhas em casa e quando queremos, orgulhosos, mostrar a toda a gente ele não faz - é que já me estou mesmo a ver toda babada:
"Oh filho, bate palminhas prós tios verem"
"Faz o doidas, doidas, doidas andam as ga-li-nhas!"
"Como faz o cão?"
e ele nada, a olhar para mim como se não fizesse ideia do que estou a falar.
A ver vamos...
That's me and my boy!
O rapaz mexe, e mexe bem, mas basta alguém vir cá por a mão que ele pára e bem podem esperar.
Ou então mexe tão suavemente que nem se nota cá fora, para eu passar pela vergonha de dizer "mexeu, sentiste?" e ouço sempre "não!" com uma cara de desilusão.
Chega mesmo ao escandalo de estar a mexer à grande, e quando eu olho para a barriga para ver se se nota cá fora, ele pára.
Mexe muito quando estamos em casa (longas horas) a trabalhar, mexe muito quando acabo de lanchar e me sento no sofá, mexe muito quando acordo de madrugada e como qualquer coisa. Mexer em situaçoes sociais, em casa dos avós, na praia, no café com os amigos é que não.
E depois passo eu horas com mãos ansiosas coladas à minha barriga à espera que o menino se digne a dar um pontapé... e nada!
Acho piada quando me dizem "Oh Mary, ainda não senti o teu bebé!", é que tirando o pai e duas tias (muuuuito experientes e persistentes também) ninguém sentiu!
Vai ser daqueles miúdos irritantes que fazem gracinhas em casa e quando queremos, orgulhosos, mostrar a toda a gente ele não faz - é que já me estou mesmo a ver toda babada:
"Oh filho, bate palminhas prós tios verem"
"Faz o doidas, doidas, doidas andam as ga-li-nhas!"
"Como faz o cão?"
e ele nada, a olhar para mim como se não fizesse ideia do que estou a falar.
A ver vamos...
quinta-feira, 16 de julho de 2009
Nova fase
Ontem foi o meu último dia no meu emprego n.2 (part-time ao fim da tarde 3 ou 4 vezes por semana).
Devido a uma nova estrutura da editora vão meter uma pessoa a tempo inteiro, que ficará responsável, entre outras coisas, pelo trabalho que me cabia a mim.
Era tudo uma questão de tempo, já que em Outubro provavelmente sairia eu.
Neste momento o tempo que lá ia tambem não era significativo em termos financeiros, pelo que acho sinceramente que não vamos sentir muito a diferença.
A verdade é que desde há 1 ano tenho uns finais de tarde bastante ocupados. Entre ir para lá e para os Correios, a ginástica, agora o Pilates e as idas ao médico e ao centro de saúde buscar credenciais, mais aquelas compras e coisas a tratar que só se fazem depois do trabalho, era raro o dia em que chegava a casa antes das 21h.
Passei o Verão passado, e este até agora, sem por os pés na praia ao fim do dia uma única vez, o que não deixa de ser estranho para quem supostamente sai as 16h30 e está a 3 minutos da praia.
Não me queixo porque apesar de tudo gostei de trabalhar ali. Por um lado dava-me a sensação de trabalhar fora de casa (trabalhar em casa é muito giro e tal e tal, mas é muito chato também!), depois tinha aquela obrigação de sair de casa àquela hora, e depois o trabalho em si não era nada chato e fazia-se bem. No final recebia o suficiente para me pagar o ginásio e mais meia dúzia de extras, o que sabe sempre bem.
No entanto não posso deixar de sentir um certo alívio por não ter os finais de tarde ocupados.
Sei que depois de ter um filho, principalmente depois de recomeçar a trabalhar, os fins de dia podem ser caóticos - o chegar a casa, banhos, jantares, brincadeiras, histórias para dormir, casa por arrumar etc - pelo que vai saber-me bem ter direito a fins de dia para mim até Outubro.
Devido a uma nova estrutura da editora vão meter uma pessoa a tempo inteiro, que ficará responsável, entre outras coisas, pelo trabalho que me cabia a mim.
Era tudo uma questão de tempo, já que em Outubro provavelmente sairia eu.
Neste momento o tempo que lá ia tambem não era significativo em termos financeiros, pelo que acho sinceramente que não vamos sentir muito a diferença.
A verdade é que desde há 1 ano tenho uns finais de tarde bastante ocupados. Entre ir para lá e para os Correios, a ginástica, agora o Pilates e as idas ao médico e ao centro de saúde buscar credenciais, mais aquelas compras e coisas a tratar que só se fazem depois do trabalho, era raro o dia em que chegava a casa antes das 21h.
Passei o Verão passado, e este até agora, sem por os pés na praia ao fim do dia uma única vez, o que não deixa de ser estranho para quem supostamente sai as 16h30 e está a 3 minutos da praia.
Não me queixo porque apesar de tudo gostei de trabalhar ali. Por um lado dava-me a sensação de trabalhar fora de casa (trabalhar em casa é muito giro e tal e tal, mas é muito chato também!), depois tinha aquela obrigação de sair de casa àquela hora, e depois o trabalho em si não era nada chato e fazia-se bem. No final recebia o suficiente para me pagar o ginásio e mais meia dúzia de extras, o que sabe sempre bem.
No entanto não posso deixar de sentir um certo alívio por não ter os finais de tarde ocupados.
Sei que depois de ter um filho, principalmente depois de recomeçar a trabalhar, os fins de dia podem ser caóticos - o chegar a casa, banhos, jantares, brincadeiras, histórias para dormir, casa por arrumar etc - pelo que vai saber-me bem ter direito a fins de dia para mim até Outubro.
quarta-feira, 15 de julho de 2009
O sorriso do baby Santos
Foi há 1 mes, mas reparei que não tinha feito nenhum post sobre aquele foi, até agora, um dos momentos mais felizes desta gravidez, e da minha vida também, já agora.
No dia 15 de Junho fomos fazer a ecografia das 21 semanas, chamada de morfológica, o que quer que isso seja.
Adorei.
Não só porque pudemos confirmar, já aqui o disse, que estava tudo bem e que ele está a crescer, também porque ficámos a saber que era um rapaz, e ainda porque tivemos a sorte de o apanhar bem disposto!
Quando apareceu a cara, de perfil, eu comentei que parecia mesmo que ele se estava a rir (achando eu que era impressão minha, que isto as mães tem sempre uns óculos cor-de-rosa para ver os filhos).
O médico parou então a imagem e converteu-a em 3D.
E de repente vemos surgir no ecran a cara do nosso baby, a sorrir.
Nem sabia que os bebés sorriam antes de nascer.
Saí de lá com a sensação de estar a andar nas nuvens.
Eu tenho um bebé que sorri dentro da minha barriga.
Acho que não posso pedir mais nada. (e é por estas e por outras que nem jogo no Euromilhoes)
Devo ter feito alguma coisa muito boa noutra encarnação (nesta não foi de certeza) para merecer uma alegria assim.
No dia 15 de Junho fomos fazer a ecografia das 21 semanas, chamada de morfológica, o que quer que isso seja.
Adorei.
Não só porque pudemos confirmar, já aqui o disse, que estava tudo bem e que ele está a crescer, também porque ficámos a saber que era um rapaz, e ainda porque tivemos a sorte de o apanhar bem disposto!
Quando apareceu a cara, de perfil, eu comentei que parecia mesmo que ele se estava a rir (achando eu que era impressão minha, que isto as mães tem sempre uns óculos cor-de-rosa para ver os filhos).
O médico parou então a imagem e converteu-a em 3D.
E de repente vemos surgir no ecran a cara do nosso baby, a sorrir.
Nem sabia que os bebés sorriam antes de nascer.
Saí de lá com a sensação de estar a andar nas nuvens.
Eu tenho um bebé que sorri dentro da minha barriga.
Acho que não posso pedir mais nada. (e é por estas e por outras que nem jogo no Euromilhoes)
Devo ter feito alguma coisa muito boa noutra encarnação (nesta não foi de certeza) para merecer uma alegria assim.
No reply
Porque é que os clientes (espanhóis e portugueses, nisto somos iguais) insistem em responder a um e-mail automático enviado pelo sistema que é
no-reply@......com???
Depois acham estranhíssimo nós não respondermos e não o termos recebido.
Haja paciencia!
no-reply@......com???
Depois acham estranhíssimo nós não respondermos e não o termos recebido.
Haja paciencia!
terça-feira, 14 de julho de 2009
Então?
Ainda não me habituei ao facto de quando as pessoas que não vejo há algum tempo me perguntam no meio de uma conversa que não tem nada a ver:
"E então?" ou "E o que é?" (acompanhados de um certo movimento de cabeça inquisidor)
... a resposta ser "é um rapaz".
Fico assim meia aparvalhada até perceber a pergunta.
Deve ser tão óbvia que nem se dão ao trabalho de a completar, mas não me impede de ficar durante uns segundos embaraçosos, a responder ao aceno de cabeça sem fazer a mínima ideia a que se referem.
"E então?" ou "E o que é?" (acompanhados de um certo movimento de cabeça inquisidor)
... a resposta ser "é um rapaz".
Fico assim meia aparvalhada até perceber a pergunta.
Deve ser tão óbvia que nem se dão ao trabalho de a completar, mas não me impede de ficar durante uns segundos embaraçosos, a responder ao aceno de cabeça sem fazer a mínima ideia a que se referem.
segunda-feira, 13 de julho de 2009
Fim de semana de...
- café com a grávida-gémea, com direito a troca de 1001 opinioes e experiencias, ver ecografias e os avanços no quarto, e ainda ser presenteada com dois livros, uma revista, uma fralda personalizada (para o baby Santos) e uma bela dose de pontapés do Nico. Pelos vistos o rapaz vai ter a energia da mãe, já que estava ali cheio de pica!
- Receber o berço (ai ai ai, isto quando mete berço começa a tornar-se sério) e uma mala de roupa de baby. Ainda não confirmei, mas cheira-me que o Baby Santos está vestido até aos 3 meses pelo menos. A minha irmã vai mais longe no contrabando de sacos de roupa e resolve trazer a mala inteira com a roupa dos filhos rapazes. Eu fiquei tipo criança a ver as roupas da boneco novo!
- Sábado de Portinho da Arrábida (que saudades!). Até parecia que estávamos todos de férias outra vez. A água estava GE-LA-DA, mas de resto foi um dia de praia perfeito, com direito a ameijoas ao fim da tarde e tudo (ameijoas para uns, sopinha de legumes para outros, mas depois de um dia assim não me posso queixar!).
- Domingo, tarde no parque com família e não só. O Baby Santos recebeu a sua primeira roupa de praia para estrear em 2010 :) E para acabar em beleza, acabamos o fim de semana no centro comercial para comprar os meus collants de descanso. Isto quem quer ser bela não se queixa, e quem não quer ficar com varizes e derrames mete-se dentro de uns collants de malha grossos em pleno Julho, ah pois é!
sexta-feira, 10 de julho de 2009
Caixa de Pandora
Já está, agora não há volta a dar. Entrei no circuito e agora só volto a sair daqui a uns anos valentes (15 anos? 20? Mais!)
Não sei se acontece o mesmo em todas as famílias grandes, mas na minha há um circuito que percorre o lado feminino da família, mais propriamente o circuito das mães ( e agora das avós).
Sempre que a malta se encontra, e não é tão poucas vezes quanto isso (2 vezes por mes há jantar com todos) há um tráfico de sacos e sacos de roupa de criança.
Pois é. Há uma tradição secular neste país de os mais novos vestirem a roupa dos mais velhos, passando de irmão para irmão nos tempos em que eram muitos, e agora de primos para primos e primos para primos dos primos e filhos dos amigos.
A roupa passa de uns para outros, pois quando deixa de servir há sempre alguém a quem sirva.
Sempre vi as minhas tias trocarem sacos e sacos de roupa com a minha mãe, roupas que vinham do Porto, roupas daqueles primos afastados que nem sabemos o nome, sacos e mais sacos de t-shirts, calças, meias, pijamas, vestidos e tudo o que se possa imaginar.
Cada mãe abre depois cada saco, observa o que serve e não serve, separa por tamanhos e estaçoes, e o que não quer passa para outra mãe, num ciclo interminável.
Lembro-me bem quando vinham sacos da minha prima que tinha imensos vestidos giríssimos, e da excitação que era prova-los. E não é raro ouvir os mais velhos dizerem aos mais novos nos encontros de família "Olha! Estas calças! Eu adorava!"
As minhas irmãs cada vez que se veem dão um abraço e trocam sacos de roupa: do mais velho de uma para o mais velho da outra, do mais velho da outra para o mais novo da primeira e assim sucessivamente.
Parecem contrabandistas.
Num circuito fechado e eterno, a roupa é passada de mão em mão, e usada por geraçoes de crianças.
Quando uma tia ou prima quer deixar o seu saco a uma das minhas irmãas deixa-o em casa da minha mãe (que não consegue sair do circuito nem que queira!).
Há sempre sacos de roupa à espera de ser levados para casa por alguém, devidamente etiquetados (ou não).
E é assim que o circuito ganha um novo elemento. Ao fim de 31 anos e 6 meses de gravidez (vá lá, consegui esticar o mais que pude), fui jantar a casa da minha irmã e sem nada o fazer prever, vim de lá com um saco de roupa.
Quando dei por ela estava ajoelhada em frente ao armário a tirar jardineiras, camisolinhas de algodão, carapins, sobretudos, calçoes, ténis e pantufas, de sacos devolvidos para um novo saco pronto a passar.
Ensinou-me ela que agora tenho de separar a roupa por épocas (Primavera, Verão, etc) e ir tirando conforme a necessidade.
Ainda tentei resistir, negar, fugir a correr pelo corredor fora, dizer que não tenho onde guardar, que não gosto dessas cores, que tudo me parece enorme, que temos tempo para estas coisas, que não dá jeito porque tenho de me ir embora, mas de nada me serviu...
Agora já não há retorno.
Quando sair do circuito já devo ser avó.
ADENDA:
Acabadinha de clicar em "Publicar Post" recebo a seguinte sms da mana mais velha:
"Estás em casa hoje à noite? Levo berço e saco grande de roupa p baby, podes escolher à vontade e devolver o que não queres. Passo aí e deixo tudo."
Eh eh eh
Não sei se acontece o mesmo em todas as famílias grandes, mas na minha há um circuito que percorre o lado feminino da família, mais propriamente o circuito das mães ( e agora das avós).
Sempre que a malta se encontra, e não é tão poucas vezes quanto isso (2 vezes por mes há jantar com todos) há um tráfico de sacos e sacos de roupa de criança.
Pois é. Há uma tradição secular neste país de os mais novos vestirem a roupa dos mais velhos, passando de irmão para irmão nos tempos em que eram muitos, e agora de primos para primos e primos para primos dos primos e filhos dos amigos.
A roupa passa de uns para outros, pois quando deixa de servir há sempre alguém a quem sirva.
Sempre vi as minhas tias trocarem sacos e sacos de roupa com a minha mãe, roupas que vinham do Porto, roupas daqueles primos afastados que nem sabemos o nome, sacos e mais sacos de t-shirts, calças, meias, pijamas, vestidos e tudo o que se possa imaginar.
Cada mãe abre depois cada saco, observa o que serve e não serve, separa por tamanhos e estaçoes, e o que não quer passa para outra mãe, num ciclo interminável.
Lembro-me bem quando vinham sacos da minha prima que tinha imensos vestidos giríssimos, e da excitação que era prova-los. E não é raro ouvir os mais velhos dizerem aos mais novos nos encontros de família "Olha! Estas calças! Eu adorava!"
As minhas irmãs cada vez que se veem dão um abraço e trocam sacos de roupa: do mais velho de uma para o mais velho da outra, do mais velho da outra para o mais novo da primeira e assim sucessivamente.
Parecem contrabandistas.
Num circuito fechado e eterno, a roupa é passada de mão em mão, e usada por geraçoes de crianças.
Quando uma tia ou prima quer deixar o seu saco a uma das minhas irmãas deixa-o em casa da minha mãe (que não consegue sair do circuito nem que queira!).
Há sempre sacos de roupa à espera de ser levados para casa por alguém, devidamente etiquetados (ou não).
E é assim que o circuito ganha um novo elemento. Ao fim de 31 anos e 6 meses de gravidez (vá lá, consegui esticar o mais que pude), fui jantar a casa da minha irmã e sem nada o fazer prever, vim de lá com um saco de roupa.
Quando dei por ela estava ajoelhada em frente ao armário a tirar jardineiras, camisolinhas de algodão, carapins, sobretudos, calçoes, ténis e pantufas, de sacos devolvidos para um novo saco pronto a passar.
Ensinou-me ela que agora tenho de separar a roupa por épocas (Primavera, Verão, etc) e ir tirando conforme a necessidade.
Ainda tentei resistir, negar, fugir a correr pelo corredor fora, dizer que não tenho onde guardar, que não gosto dessas cores, que tudo me parece enorme, que temos tempo para estas coisas, que não dá jeito porque tenho de me ir embora, mas de nada me serviu...
Agora já não há retorno.
Quando sair do circuito já devo ser avó.
ADENDA:
Acabadinha de clicar em "Publicar Post" recebo a seguinte sms da mana mais velha:
"Estás em casa hoje à noite? Levo berço e saco grande de roupa p baby, podes escolher à vontade e devolver o que não queres. Passo aí e deixo tudo."
Eh eh eh
A verdade está na boca das crianças?
Sobrinhada cá em casa, surge a conversa sobre os Beatles (por causa do poster que temos na sala).
Qual é qual, quem já morreu e quem está vivo. Curiosamente eles tinham a noção (o pai deles é super fã) que houve um que morreu novo.
E o outro? perguntam. O outro morreu mais velho, respondo eu.
"Mas morreu de velho?" pergunta ela
"De velho não, mas quando morreu já era bastante mais velho, mas acho que foi de doença."
"E quantos anos tinha? Era muito velho? Tinha 50 anos?" insiste ela
E eu "50 anos? Achas que 50 anos é muito velho com idade de morrer?"
Ela responde "Quer dizer...a Madonna tem 50 anos" (as coisas que eles sabem com 7 anos, céus!)
Ao que o irmão exclama "Ah! Mas a Madonna é diferente! A Madonna não parece velha porque ela usa um creme na cara!"
Um creme na cara? LOL
Um creme na cara uso eu, e desde os 17 anos, mas não me parece que chegue aos 50 igual à Madonna!
A ver vamos...
Qual é qual, quem já morreu e quem está vivo. Curiosamente eles tinham a noção (o pai deles é super fã) que houve um que morreu novo.
E o outro? perguntam. O outro morreu mais velho, respondo eu.
"Mas morreu de velho?" pergunta ela
"De velho não, mas quando morreu já era bastante mais velho, mas acho que foi de doença."
"E quantos anos tinha? Era muito velho? Tinha 50 anos?" insiste ela
E eu "50 anos? Achas que 50 anos é muito velho com idade de morrer?"
Ela responde "Quer dizer...a Madonna tem 50 anos" (as coisas que eles sabem com 7 anos, céus!)
Ao que o irmão exclama "Ah! Mas a Madonna é diferente! A Madonna não parece velha porque ela usa um creme na cara!"
Um creme na cara? LOL
Um creme na cara uso eu, e desde os 17 anos, mas não me parece que chegue aos 50 igual à Madonna!
A ver vamos...
quarta-feira, 8 de julho de 2009
Versão 4.0.0.226
Aqui há uns tempos atrás vi-me obrigada a fazer um "reboot" do computador do trabalho, e depois disso tive de fazer o download da ultima versão do Skype.
Para quem trabalha em casa este tipo de ferramentas torna-se essencial, já que permite um contacto directo com o escritório. Temos um sistema de conversa interno, mas quando a ligação à rede da empresa falha, temos sempre o Skype como meio de comunicação.
Até aqui tudo bem. O design da nova versão era engraçado, e aparentemente não havia grandes diferenças com a versão anterior.
Erro.
Pelos vistos há grandes diferenças!
Mudou o conceito de "instant messaging" pois agora uma mensagem pode demorar 2 horas a chegar (super útil quando fazemos uma pergunta e esperamos a resposta com o cliente em linha...).
Mudou o conceito de calendário. Numa conversa com uma colega o sistema assumiu que estávamos no futuro, e agora sempre que falo com ela (já com a data correcta) aparece sempre essa mesma conversa como sendo a última (ficando a conversa actual para trás, como se fosse no passado). Claro que já tentei apagar essa "conversa do futuro", mas não me dá essa opção (que existe para outras conversas, mas pronto).
Mudou também o conceito de amigo. Qualquer pessoa que nos contacte fica automaticamente nos nossos contactos, até que decidamos bloquea-la. Claro que a par desta nova funcionalidade chovem contactos novos todos os dias, vindos das pessoas mais estranhas, com mensagens ultra- convenientes, como uma que recebi hoje: "Hi, we met on slutsdating.com this saturday" (ãh?)
Enfim, volta Skype antigo que estás perdoado!
Em algumas coisas é melhor trabalhar no mesmo sítio (físico) que os colegas, para poder evitar estas modernices...
Para quem trabalha em casa este tipo de ferramentas torna-se essencial, já que permite um contacto directo com o escritório. Temos um sistema de conversa interno, mas quando a ligação à rede da empresa falha, temos sempre o Skype como meio de comunicação.
Até aqui tudo bem. O design da nova versão era engraçado, e aparentemente não havia grandes diferenças com a versão anterior.
Erro.
Pelos vistos há grandes diferenças!
Mudou o conceito de "instant messaging" pois agora uma mensagem pode demorar 2 horas a chegar (super útil quando fazemos uma pergunta e esperamos a resposta com o cliente em linha...).
Mudou o conceito de calendário. Numa conversa com uma colega o sistema assumiu que estávamos no futuro, e agora sempre que falo com ela (já com a data correcta) aparece sempre essa mesma conversa como sendo a última (ficando a conversa actual para trás, como se fosse no passado). Claro que já tentei apagar essa "conversa do futuro", mas não me dá essa opção (que existe para outras conversas, mas pronto).
Mudou também o conceito de amigo. Qualquer pessoa que nos contacte fica automaticamente nos nossos contactos, até que decidamos bloquea-la. Claro que a par desta nova funcionalidade chovem contactos novos todos os dias, vindos das pessoas mais estranhas, com mensagens ultra- convenientes, como uma que recebi hoje: "Hi, we met on slutsdating.com this saturday" (ãh?)
Enfim, volta Skype antigo que estás perdoado!
Em algumas coisas é melhor trabalhar no mesmo sítio (físico) que os colegas, para poder evitar estas modernices...
terça-feira, 7 de julho de 2009
segunda-feira, 6 de julho de 2009
Presentes de anos de menina
No sábado foi dia de organizar mais uma festa de anos aqui, desta vez a festa era de uma menina de 8 anos.
Na hora de abrir os presentes, que eram muitos, pois eram mais de 20 convidados, reparei num detalhe que me fez pensar.
Na hora de abrir os presentes, que eram muitos, pois eram mais de 20 convidados, reparei num detalhe que me fez pensar.
A rapariga, que não tinha ar de ser das mais vaidosas recebeu 3 ou 4 malas e malinhas (em tons de cor-de-rosa, claro), roupa (top's fashion, 2 vestidos, 1 havaianas com flores), conjuntos de maquilhagem, toda uma panóplia de acessórios (brincos, pulseiras, fitas, bloquinhos e canetinhas) cor-de-rosa ou lilás com brilhantes, e apenas 1 jogo sobre ciencia.
Como estamos a educar as nossas meninas?
Acho que todas precisamos da nossa fase Barbie-girl, todas precisamos de ser kitsh até mais não, de usar e abusar dos brilhantes e do rosa-shock até enjoar. São fases que passam.
No entanto, se compararmos com os presentes recebidos por um rapaz na mesma idade, em que normalmente os jogos abundam (de cartas, de perguntas e respostas, mais desportivos, etc), não deixa de fazer confusão a mensagem que estamos a passar às nossas meninas.
Enquanto mandamos a rapaziada desenvolver o intelecto, a capacidade de definir uma estratégia ou trabalho em equipa, mandamos as meninas ficar bonitas.
Vou ter isto em conta no próximo aniversário das minhas sobrinhas.
sábado, 4 de julho de 2009
Things I'll miss
Começa aqui uma nova rubrica no blog, de acordo com esta fase da vida (eu avisei que este blog ia ficar impossível de aturar por uns tempos, por isso não se queixem), ou melhor uma adaptação de uma velha rubrica, agora especial Gravidez: Things I'll/won´t miss Gravidez.
Aqui vai o primeiro:
Esta começou nas férias, e só se verifica aos fins de semana (quando tenho mais tempo para dormir):
Acordar por volta das 7h, comer uma fruta, voltar para a cama e ficar quietinha a senti-lo mexer.
É do melhor.
Aqui vai o primeiro:
Esta começou nas férias, e só se verifica aos fins de semana (quando tenho mais tempo para dormir):
Acordar por volta das 7h, comer uma fruta, voltar para a cama e ficar quietinha a senti-lo mexer.
É do melhor.
sexta-feira, 3 de julho de 2009
Aloé Vera
Ontem fomos ao Pingo Doce ao fim do dia, e estando eu com fome e não tendo nada para comer, resolvi comprar um iogurte líquido de Aloé Vera.
Achei que seria o mais simples e parecido com iogurte natural, isto porque vá se lá saber porque mas não existem iogurtes liquidos naturais (sem ser açucarados).
Má escolha, é bem mau.
Não sei o que me passou pela cabeça ao achar que um iogurte de cacto devia ser bom.
Achei que seria o mais simples e parecido com iogurte natural, isto porque vá se lá saber porque mas não existem iogurtes liquidos naturais (sem ser açucarados).
Má escolha, é bem mau.
Não sei o que me passou pela cabeça ao achar que um iogurte de cacto devia ser bom.
quarta-feira, 1 de julho de 2009
Novidades da semana
- pés inchados (os meus)
- pontapés (do baby Santos) visíveis desde o exterior
- uma grande neura pós-férias. Só tenho coisas chatas que não interessam a ninguém para fazer, só me apetece sair daqui, ir dar uma volta nem que seja para beber um copo de água no café da esquina. Sinto-me como se estivesse na prisão :(
Este trabalho é uma SECA (mas isso não é novidade)
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