terça-feira, 30 de março de 2010

Cidadão com cartão

O meu filho foi hoje com o pai tirar o cartão do cidadão.
Ao que parece ficou logo bem na fotografia à primeira (ao contrário de outros dois bebés que lá estavam), ainda riu para o senhor do balcão, e cheio de sorte levou com 3 cm a mais na altura, para lhe dar alguma margem até ao mês que vem.

Pagava para ter visto.

Eu tirei o meu primeiro BI quando andava na 2a classe, tinha uns 7 ou 8 anos.
Este tira-me o cartão aos 5 meses e meio. Os miúdos hoje em dia...francamente...
Está aqui está a pedir as chaves do carro para ir sair à noite.

Pelo sim pelo não...

...já estou com a t-shirt do ginásio vestida. Só mesmo para garantir que "não me apetece vestir" não vai ser uma desculpa para não ir logo à tarde.

Nota-se muito que não me apetece NADA ir ao ginásio??
Naaa.
Eu, pouco óbvia.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Esgotei as desculpas

  • já não está tão mau tempo
  • o baby pode ficar com o respectivo pai ou avó
  • já não estou a amamentar
  • continuo com o mesmo peso de quando saí da maternidade
  • já o estou a pagar novamente

Está então decidido: amanhã regresso ao ginásio.

(o mundo obriga-me...)

sábado, 27 de março de 2010

Vida cultural


Hoje fomos pela 1ª vez à Casa das Histórias em Cascais. Adorei. O espaço está muito giro, a exposição tem o tamanho certo, a entrada foi gratuita, a loja tem coisas giras e o café tem uma esplanada a dar para o jardim muito agradável. Vale muito a pena a visita.
E tendo em conta que estou aqui a pensar e não me lembro da última vez que tinha ido a um museu/exposição - o que é uma vergonha para alguém 1) licenciado em História da Arte e 2) que adora ir a museus - este foi um excelente regresso à vida cultural, que se quer mais activa.
A repetir.

quinta-feira, 25 de março de 2010

O último post sobre amamentação (durante uns tempos)


Acabou há mais ou menos um mês.
Foi uma semana negra, a mais difícil desde que sou mãe, e só agora consegui digerir (mais ou menos) o assunto e falar sobre isso.

A verdade é que a coisa nunca correu bem. Nunca nos ajeitámos bem, e o processo, desde o primeiro dia foi difícil de gerir.
O meu baby, desde que nasceu, não pára quieto. E quer estar sempre em cima do acontecimento. E não pode haver um barulho num raio de 10 metros que ele não queira logo olhar e cuscar o que se passa e ficar a par de tudo. O momento da maminha era uma luta, com ele constantemente a interromper e a olhar para o lado e tudo e tudo.
Nasceu pequeno, perdeu o dobro do peso que era suposto, demorou 2 semanas até pegar como deve ser (duas semanas de choros intensos e horas perdidas até ele resolver pegar), e eu às tantas já só queria era que ele comesse e aumentasse de peso de uma vez, queria lá saber se o fazia bem ou mal. Quando pegava eu tinha de ficar quieta e calada e virada para a frente, quase num não fala e não respira, pois ao menor movimento ou ruído da minha parte ele parava de mamar e recusava-se a continuar. Cheguei a estar com o nariz a pingar e sem me poder mexer só para não o interromper. E muitas vezes ele simplesmente rejeitou a minha maminha, chorava com fome mas sem lhe pegar.
E sempre, ao longo dos 4 meses, com dores em cada início.
Sim, eu sabia muito bem toda a teoria da "boa pega" e das posições correctas, e li tudo e consultei os sites e tudo, estava a par de tudo, mas num bebé que se recusa a continuar quando interrompido, é impossível tentar corrigir seja o que for.
Sangue, suor e lágrimas. Houve de tudo.
Num Domingo à noite, há um mês atrás, bati no fundo.
Olhei para o espelho às 5h da manhã e perguntei-me "amamentar é isto?". Não é com certeza.
Continuar a amamentar seria prolongar uma situação que se tornara insuportável.
Decidi então deixar de dar de mamar. Esquecer o assunto e seguir em frente.
Custou-me horrores, por todos os lados.
A parte física foi realmente um mau bocado. Para acabar de vez com o assunto tomei uns comprimidos que não sei se foi pior a emenda que o soneto. Deixaram-me super mal disposta, enjoada e com uma grande moca na cabeça. Só queria dormir e acordar com o assunto resolvido. E esquecer tudo o que estava a passar, se não quando tivesse o próximo filho saía da maternidade já de biberon em punho.
Emocionalmente estava de rastos. Custou-me imenso, porque sei que em parte a decisão foi minha.
Para piorar as coisas durante essa semana negra quase nem lhe conseguia pegar, não podia tratar dele sozinha nem nada. Péssimo.
Ele, na boa, todo contente com o biberon, nunca pareceu afectado por tudo isto.
E o pior de tudo foi ter de repensar a minha posição de mãe. Durante mais de 4 meses, toda a minha vida de mãe até então, parte de ser mãe tinha passado por dar de mamar. De repente, essa coisa única que só eu podia dar deixa de existir, e todos podem participar. Foi estranho, e senti-me bastante insegura. Depois passou.
Entretanto li que muitas mães sentem o mesmo quando os bebés vão para a escola, exactamente aos 4 meses. Há um questionar do vínculo que nos une, mas depois passa e tudo volta ao normal.

Uma das coisas que também não ajudaram foi ter demasiadas ideias feitas.
Hoje em dia levamos a amamentação tão a peito que quando as coisas não correm como esperado é o fim do mundo.
Se na altura eu ouvisse palavras como "suplemento" ou "biberon", quase que fugia a sete pés! O meu filho nunca! Amamentação em absoluto exclusivo até aos 6 meses e nem queria ouvir falar em mais nada!
Em teoria eu sou aquela que nunca deveria ter problemas neste campo.
Ao contrário de muitas mães da minha geração, eu sempre vivi rodeada de mulheres que amamentaram. Quando a minha irmã nasceu, pouco antes do 25 de Abril, a minha mãe foi a única da maternidade a amamentar. A minha irmã mais velha amamentou os 3 filhos até depois do 1 ano pelo menos. A outra irmã conseguiu a proeza de amamentar a filha prematura, passando por uma subida de leite em casa quando o bebé estava ainda no hospital, na incubadora. Uma das minhas melhores amigas frequentou cursos do SOS Amamentação e amamentou os dois filhos sob o olhar céptico da sua família, contra tudo e todos. A minha tia pediatra foi uma das fundadoras do Espaço Amamentação na MAC. Nos encontros de família há sempre uma ou duas mães a dar de mamar no quarto da avó. São estas as mulheres que me rodeiam, para que se veja que bons exemplos não me faltam.
O meu filho veio para o meu colo quando nasceu, esteve na minha barriga pele com pele durante imenso tempo, e foi posto a mamar durante a primeira meia hora de vida. Nasceu na MAC que na altura estava candidatar-se a ser um hospital "Amigo dos Bebés", pelo que recebi todo o apoio de todas as enfermeiras, que ficavam comigo até ele pegar em todas as mamadas. Só usou chucha ao fim de duas semanas.
Ainda assim, o processo falhou.
E se calhar, se eu não tivesse sido tão cabeça dura talvez hoje ainda estivesse a amamentar. Se eu não tivesse ficado tão chocada quando a pediatra disse para ele começar a comer outras coisas aos 4 meses, se calhar tinha dado de mamar durante mais tempo.
Às vezes somos vítimas das nossas próprias convicções.

E pronto, virada a página posso dizer que tive sorte por ele aceitar bem o biberon, mesmo que fosse eu a dar, adora a papa e a fruta que entretanto já come e finalmente está a ganhar peso a olhos vistos.
No meio do caos nem tudo são coisas más.

The baby that never sleeps

De registar que o baby cá de casa dormiu hoje pela 1ª vez uma noite inteirinha sem acordar!
Bebeu o leite por volta das 24h30, adormeceu a seguir, e só acordou às 7h30!
Isto permitiu que eu dormisse 6 horas de seguida, coisa que como bem sabeis não acontecia há mais de 5 meses.

E perguntam vocês "qual foi o truque para dormir a noite toda?".
Pois que o rapaz passou o dia de ontem sem dormir praticamente NADA! Quase levou o pai à loucura, fazendo apenas 2 ou 3 sestas de 10 a 15 minutos cada durante o dia todo.

Vamos lá ver se começa a tornar-se hábito ou se foi uma vez sem exemplo.

Dito isto devo dizer que depois de alguns meses a queixar-me das noites sem dormir posso assegurar que já digeri o "problema", aceitei e segui em frente. Não podemos de facto exigir que um bebé tão pequeno se adapte aos nossos horários, just like that, como se não estivesse estado 39 semanas na minha barriga onde podia comer, dormir e fazer o que lhe apetece sem esforço.
Se há bebés que dormem a noite toda ao fim de poucas semanas, também os há que não o fazem senão ao fim de 3 ou 4 anos, ou mais. E não tem nada a ver com o tipo de leite que bebem, ou a papa, ou tomar banho à noite.
Resta-nos esperar para ver, e aproveitar quando aparecem noites como esta.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Amália ontem

Eu até achei uma certa piada ao projecto em si, mas a verdade é que já não se pode ouvir mais a Sónia dos Gift a cantar o Perfeito Coração.
A ideia tem piada, se bem que não seja original (nada é) - ainda no ano passado havia por aí à venda um CD dos Abba "como queremos ouvir hoje" (medo) - mas não sei se é por sermos um país pequeno, se é por haver pouca oferta ou se somos um povo de modas e paixoes, mas a verdade é que já enjoa! Ele é na rádio, nos anuncios, até na telenovela. Já não a posso ouvir!
Até porque, sejamos sinceros, não havia necessidade. Há coisas tão bonitas, que o melhor é deixa-las como estão. São intemporais.

Mega privilégio

Estar a trabalhar e a ouvir o baby palrar na cama dele.

E para mim hoje é sexta! (se bem que as quintas e sextas também sejam de trabalho, mas é trabalho que me dá prazer, por isso quase não contam).

Eu avisei que não era para ter pena de mim!

domingo, 21 de março de 2010

Sugestão para as férias da Páscoa para crianças dos 4 aos 10 anos - agora também na semana de 5 a 9 de Abril!

Devido ao interesse demonstrado por vários pais, a Oficina da Páscoa vai decorrer também na semana de 5 a 9 de Abril.
Quem tem filhos entre os 4 e os 10 anos que sem nada para fazer nas férias da Páscoa, e esteja perto de Campo de Ourique, tem aqui uma bela sugestão!
Toca a inscrever a criançada!
Ficamos à espera.

sexta-feira, 19 de março de 2010

"No dia do pai...

...uma surpresa das suas gorduchas!"

Começava mais ou menos assim a gravação.
Estávamos em 1983 ou 84, e no dia do pai a minha mãe organizou-nos às 3 para fazermos uma cassete para o pai. Gravador em punho, dedos no REC e no PLAY ao mesmo tempo, e ali estivemos as 4 num verdadeiro show de talentos.
Ouvem-se poemas, anedotas e adivinhas, canções em inglês (Good morning good morning, how are you this morning?) e francês (Frére Jacques, frére Jacques), a mana mais velha a tocar flauta (As Ceifeiras e o Eh Pó e Taitaiê - quem se lembra?), e eu a falar (imaginem!) alemão. Na altura a minha mãe acreditava na minha capacidade linguística e resolveu apostar em ensinar-me aquilo que não se aprende na escola, alemão portanto (as únicas palavras que sei até hoje).
Numa época em que não havia máquinas de filmar, este registo sonoro das nossas vozes naquela idade, vale ouro. E é tão estranho pensar que aquela voz um dia já foi a minha.
Naquela cassete somos outra vez pequeninas e estamos em casa a fazer parvoíces, no dia do pai.

Não tenho qualquer recordação desse dia em específico, mas há uns anos atrás a minha irmã descobriu a cassete original e fez-nos cópias de presente. Só que agora já não tenho onde ler cassetes - alguém sabe de uma maneira de passar de cassete para cd?

quinta-feira, 18 de março de 2010

Assim não vais lá...

E-mail de apresentação de candidatura espontânea, com o qual tive oportunidade de me cruzar. Aqui fica um excerto:

Assunto do mail: candidatura expontanea
...encontro-me desempregada a quase 1 ano... Gostaria que pode-se disponiblizar um dia para podermos-nos conheçer...apresentando em promenor a minha formação...minha expriência profissional.

Isto é quase cada tiro cada melro...
Se há algum jovem que leia este blog e que ande nestas lides de envios de CV, por favor, nota que e-mails destes não merecem sequer que se abra o arquivo adjunto para ler o CV.

Eu não acredito que isto só nos aconteça a nós

Ontem era dia das vacinas dos 5 meses.
Depois do trabalho lá fomos os 3 para o centro de saúde. Estávamos na sala de espera, à espera (faz sentido) de ser chamados quando o Tê se lembra de perguntar:
Não era preciso comprar as vacinas na farmácia antes de vir?
Raios! Era mesmo!
Quando vou ao boletim de vacinas confirmar vejo que as vacinas estavam marcadas... para o dia anterior!

Seremos os únicos a falhar o dia das vacinas?
Vá lá, mães! É a vossa oportunidade de partilhar as vossas imperfeições! (e de nos mostrar que não estamos sozinhos!)

quarta-feira, 17 de março de 2010

Bitaites no meio da rua

O que vale é que a nível de bitaites estamos sempre sujeitos a apanhar com eles, mesmo de desconhecidos na rua.

Bitaite 1: eu, na farmácia, com o baby na cadeira com a capa da chuva. Vem uma velhota daquelas mesmo típicas e pergunta: olhe, ele não está a abafar?

Bitaite 2: a minha mãe (mãe de 3 e avó de 7) com ele no IKEA, também na cadeira e com a proteção da chuva, aos berros cheio de fome. Desta vez até foi uma rapariga nova: o melhor é tirar isso que ele está cheio de calor!

Bitaite 3: o Te com ele na rua a passear também na cadeira (sem a proteção), estava ele de casaco vestido e manta nas pernas, quando ouve uma voz lá atrás: olha! Poe-lhe as mãozinhas para dentro da manta!

Dá para andar na rua de bebé atrelado sem ter de ouvir bocas a toda a hora?
Obrigada!

Porque é que...

...quando se cozinha salmão, principalmente grelhado, fica a casa toda a cheirar a peixe durante dias a fio?
Deixa logo de apetecer comer salmão durante uns tempos.

terça-feira, 16 de março de 2010

Nunca pensei dizer isto

...mas se calhar até conseguia ser mãe a tempo inteiro.

Adenda: ou então é o meu trabalho que não tem mesmo interesse nenhum.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Nova Fase

Pois é, parece que ainda ontem estávamos a ir para a MAC de malas na mão (mentira, a mim parece que foi há uma vida) e amanhã já regresso ao trabalho.
Se ao menos ainda fosse um trabalho interessante, ou se desse para ter contacto com gente e tudo e tudo, mas não... grande seca!
Mas não tenham pena de mim, que vou trabalhar apenas 3 dias por semana e em casa. E se tivesse tido o meu baby há um tempo atrás já estaria a trabalhar há pelo menos 1 mês.
De facto não me posso queixar, mas queixo-me: não quero ir trabalhaaaaaaaaaaaar!!!
Seria muito mau amanhã dizer que estou doente? Que o despertador não tocou? Que tive outro bebé e preciso mais 5 meses de licença??

domingo, 14 de março de 2010

Grávida de Verão, bebé de Inverno...

... nunca mais!
Em que é que eu estava a pensar??
Não estava a pensar, e se calhar o problema foi mesmo esse. Não tem lógica nenhuma meus senhores, e é coisa que não faz sentido nenhum.
Passei o Verão com um mega barrigão, a sofrer para vestir os collants elásticos, a ir passear no paredão e a regressar com dois trambolhos em vez de pés. Lembro-me de estar a trabalhar (o que também foi inteligente da minha parte, tirei as férias todas em Junho e depois não tirei mais, mas adiante) na 1ª semana de Agosto, e nem vou descrever a minha roupa, que era quase nenhuma (o que vale é que trabalho em casa), e de estar literalmente a derreter. Não corria uma aragem, e eu a suar em bica. Na gravidez é suposto usar mega soutien, mais a cinta, depois temos de por um top por baixo porque a roupa fica pequena, mais os collants contra as varizes, e claro, nada disto se adequa a 40 graus à sombra. E a dormir? Puf, nem me quero lembrar.
Quando entrei na maternidade era Verão, mas quando saí (2 dias depois) era claramente Outono.
Ainda houve uns dias de sol e calor logo no início, na altura em que eu estava provavelmente preocupada com pontos e subidas de leite e coisas que tais.
Depois, no início de Novembro, chegou o Inverno.
E que belo Inverno para se ter um bebé. Foi porreiríssimo. Tivemos direito a tudo: semanas a fio de grandes chuvadas, noites de trovoada umas atrás das outras, até um sismo. Dias a fio fechados em casa com ventos ciclónicos e tempestades tropicais.
O meu filho é tipo morcego: quando vê o sol até se esconde, nem sabe bem o que fazer com tanta luz.
E a malta imagina-se durante a licença a passear no parque com o carrinho, a desfrutar de uma caminhada na praia, a beber um sumo na esplanada durante a sesta. E não, meus amigos, por cá não houve nada disso. Houve muita casa, muita série na televisão, muita roupa a secar no aquecedor, e os passeios foram raros, e muitos deles foi mesmo até ao centro comercial (onde não é suposto levar bebés) para a mãe não entrar em parafuso mental.
Para ajudar, o medo da gripe A contribuiu ainda mais para esta clausura.
E claro, a 1 dia de terminar a licença, parece que o sol veio para ficar. Esta semana lá fomos 2 vezes ao paredão, mais outras à praia e à esplanada, a tentar fazer tudo o que não fizemos nestes 5 meses.
E pergunto eu, isto tem alguma lógica? Alguém que pensa como deve ser planeia passar o Verão a sofrer com o calor e o Inverno fechada em casa com o bebé? Acho que não.
Para a próxima já aprendi.
Toca a fazer as contas antes de nos metermos em aventuras.
Fica o conselho para quem está a pensar no assunto.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Super irritante

O meu filho todo o santo dia come por volta das 21h e só volta depois a acordar por volta das 2 ou 3h - faz sempre um intervalo jeitoso (o maior do dia) que dá jeito para podermos jantar à vontade.
Já nos tínhamos lembrado que se calhar se ele comesse por volta da meia-noite, hora a que nos deitamos normalmente, se calhar depois só acordava para comer lá para as 5h, mas como de todas as vezes que o acordámos para comer (ou lhe demos de comer a dormir) a coisa deu para o torto (acorda e não come, e fica aos berros), resolvemos nunca arriscar.
Ora ontem estava eu super cansada ao jantar, depois de um dia de almoço de "trabalho" e visita ao baby Marinheiro, com direito a trânsito e tudo e tudo, pelo que resolvi deitar-me mais cedo. Deitei-me às 23h para poder dormir pelo menos 3h de seguida, coisa que nem sempre acontece mas estava mesmo a apetecer.
Não é que o raio do miúdo se lembrou de acordar aos berros pouco depois da meia-noite?? Nunca, repito NUNCA este miúdo acordou àquela hora, e nunca estou eu deitada tão cedo, pois que havia de escolher exactamente o dia em que eu já estou a dormir para berrar a querer comer à meia-noite.
Pa-ssei-me!
Só disse ao Tê para lhe dar o biberon longe da minha vista, que eu estava capaz de o rifar.
A sério, pedir para dormir 3 horas de seguida é pedir assim tanto??
E ao menos acordou depois às 5 ou às 6? Não, claro que não, acordou na mesma às 3h30 e depois às 6h30 como sempre.
Irra, que às vezes é chatinho!
E alguém disse que a maternidade era coisa fácil? Ninguém disse, e mais uma vez, confirma!

quinta-feira, 11 de março de 2010

Ontem fiquei mais rica

Aproveito a frase da avó Santos, porque ontem foi de facto um dia que nos deixou a todos muito mais ricos, com o nascimento do baby Marinheiro.
Já aqui tinha escrito que é um bebé muito especial, um sobrinho por todos os lados: a mãe e o pai são dos meus melhores amigos, desde antes de sermos também cunhados uns dos outros.
Fiquei mais rica com o nascimento deste bebé, que por ser filho de quem é vai ser uma pessoa muito especial, mas também me enriqueceram os momentos que envolveram o seu nascimento: presenciar a tranquilidade da mãe durante a dilatação, o nervoso miudinho do pai a ir fumar cigarros sempre que podia, o berço com a roupinha no canto do quarto, vê-los aos dois a passar no corredor a caminho da sala de partos, em direcção à maior aventura das suas vidas.
E claro, não se descreve a emoção de o ver no berçário, de olhos grandes e bem abertos, todo esperto e pronto a começar a sua vida, e pouco depois a passarem os três no mesmo corredor, tão, mas tão felizes que nos deixaram de lágrima no olho.
Vim de lá com o coração cheio. Sem dúvida, esta é a nossa riqueza.

terça-feira, 9 de março de 2010

domingo, 7 de março de 2010

Pastel de nata gigante da Lupita

Ora e porque neste blog também se trocam receitas, e porque nem toda a gente vai à caixa de comentários, aqui fica a cópia da receita.
E é por isto que eu tenho um blog! Num post de 2 linhas sobre os pastéis de Belém fico logo ganhar uma boa dica e uma boa receita. Vou experimentar (não em breve que estou de dieta - a desculpa ah e tal tive um bebé há pouco tempo começa a deixar de colar) e nessa altura deixarei aqui a foto e a opinião.

Cá vai:
1º passo: barrar uma forma com massa quebrada (eu compro as do continente, prontas a usar!)vai ao forno um bocadinho só para ganhar um bocado de volume

2º Passo: numa panela mete-se 200gr de açúcar, com 2 colheres de sopa de farinha maisena e 1/2 litro de leite

3º Em lume brando deixa-se o preparado engrossar, mexe-se sempre para não coagular

4º Assim que estiver pronto, juntam-se 5 claras de ovos e mexe-se muito bem para não cozerem

5º Este creme deita-se em cima da massa quebrada e vai ao forno.

Está pronto quando a massa estiver cozida e estiver com aspecto de pastel de nata (eu meto no forno electrico primeiro só com a resistencia de baixo ligada e quando está quase pronto ligo a de cima para queimar um bocado)

Bom apetite e obrigada Lupita!

sexta-feira, 5 de março de 2010

Digno de registo

Hoje é dia de, pela primeira vez desde que somos mãe e pai, ir jantar fora!!!
Hoje o baby fica com os avós (ou os avós ficam com ele cá em casa) e nós vamos festejar a despedida da barriga da tia Alex, que está prestes a dar um primo ao nosso baby.
(no nosso grupo é assim, a malta faz jantares e idas ao Santini para se despedir das barrigas das grávidas)

ihhhááá
Olha quem volta a ter uma vida social!!!

Irritante...

...é fazer finalmente os álbuns do baby, e no fim de todas as fotografias postas e devidamente legendadas perceber que houve páginas que nos escaparam e ficaram vazias no meio do álbum...
E sim, foi mais que uma, e também sim, aconteceu nos dois álbuns.
Raios!

quinta-feira, 4 de março de 2010

Ex-fumadora em recuperação


Faz por estes dias 8 anos que deixei de fumar.
Nunca cheguei a fumar 1 maço por dia (só por noite eh eh eh), mas ainda assim fumava bastante, principalmente devido à carregada agenda social desses anos de fumadora activa.
Deixar de fumar foi uma surpresa, até para mim.
O último cigarro que fumei foi na companhia da prima, na janela da casa de banho num jantar de sábado em casa da avó - não sabia que havia de ser o último, e nada o fazia prever. No dia seguinte fui almoçar a casa de uns tios e chovia torrencialmente - ninguém fumava e ir ao terraço estava fora de questão. Quando dei por ela o dia tinha passado e eu não tinha tocado num cigarro. Fez-se luz e pensei "se consegui passar o dia de hoje, também hei-de conseguir os outros todos".
Não disse nada a ninguém e andei 3 dias com o resto do maço na mala, sem lhe tocar. Ao fim de 3 dias entreguei esse maço ao Tê e disse "deixei de fumar".
Para mim nunca foi "estou a deixar", ou "estou a tentar deixar", foi mesmo radical: deixei e ponto final.
Nunca mais peguei num cigarro, nem mesmo para segurar enquanto o amigo veste o casaco - isto porque não sei o que pode acontecer se tiver um cigarro na mão.
Ouvi uma vez um ex-toxicodependente dizer que o momento mais perigoso é aquele em que achamos que estamos curados. Eu claramente não estou, e hei-de sempre estar em recuperação.

Para quem está a pensar largar o vício aqui fica a minha estratégia:
  • andar sempre com pastilhas elásticas atrás e comer uma nas alturas críticas em que sempre se puxava do cigarro - depois do café, enquanto se espera pelo comboio, depois da refeição, etc.
  • durante um tempo evitei encontros em cafés e saídas à noite
  • mentalizei-me mesmo que deixei de fumar, que era definitivo pelo menos por um tempo - depois quem sabe um dia poderia ser pessoa de fumar um cigarro ocasional depois do jantar - não sou, e provavelmente nunca serei, mas admitir que nunca mais ia pegar num cigarro era difícil demais na altura
  • contei a toda a gente, e fiquei surpreendida com algumas reacções, super positivas e encorajadoras
  • re-descobri o prazer do cabelo a cheirar a champô, da roupa a cheirar bem todo o dia
  • fiz as contas a todo o dinheiro que gastava por ano em tabaco, e percebi que dava para fazer uma bela viagem
  • tive presente que o fracasso na 1ª tentativa de deixar de fumar condena à partida as outras tentativas, e que muita gente acaba por fumar mais depois de tentar deixar de fumar
  • informei-me sobre o assunto e descobri que o primeiro ano sem fumar é essencial: durante o 1º ano 80% das pessoas voltam a fumar, ao passo que no 2º ano apenas 30% têm recaídas - eu queria mesmo fazer parte do grupo dos que não desistem. Ainda assim fui sabendo de casos de pessoas que ficaram 10 ou mesmo 20 anos sem fumar que acabaram por voltar - nunca estamos curados, lá está
8 anos passados não posso dizer que nunca há alturas em que me apeteça um cigarro, mas estas são cada vez mais raras.
Olho para as minhas fotografias a fumar e não me reconheço, mas por outro lado acho estranho quando as pessoas que me conheceram durante estes 8 anos me dizem que não me imaginam a fumar.

Passei a ter mais dinheiro, mais saúde e a ser mais cool ainda por ter deixado de fumar.
Para mim é um motivo de orgulho ter conseguido.
Foi uma óptima decisão. A melhor.

terça-feira, 2 de março de 2010

Hipocrisia

É oficial: sou uma hipócrita.
Ontem encontrei uma ex-colega do colégio, que não via há anos, e ignorei.
O problema não é obviamente esse - já o devo ter feito muitas vezes - mas a ex-colega em questão é minha "amiga" no Face.
Está mal, porque se fosse minha amiga eu teria chamado por ela e não virado a cara a assobiar.
Verdade seja dita, de minha amiga ela não tem nada, já que foi da minha turma 1 ano e nunca devemos ter falado mais de 5 minutos. Outra verdade seja dita se não fosse o Face nem a teria reconhecido, já que na altura do colégio ela tinha uns quantos kilos a mais, e agora é professora de ginástica e está toda em forma.
E portanto basicamente é isto: no mundo virtual até podemos ser "amigas", mas não no mundo real.
Não deixa de ser uma grande hipocrisia, mas a verdade é que nem sei o que diríamos uma à outra se nos tivéssemos falado.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Programa das manhãs

Estar de licença tem destas coisas... de vez em quando acendo a televisão mais cedo e entre um canal e outro deparo-me com verdadeiras pérolas nos programas da manhã.
Neste momento no da SIC está a decorrer um concurso de bebés com mais ou menos um ano, que ao toque de partida são sentados numa cadeirinha e têm de colocar peças com diferentes formas numa caixa com ranhuras correspondentes; a prova seguinte consiste em rir primeiro - as mães colocam-se à frente dos filhos a fazer palhaçadas e ganha o que primeiro soltar uma gargalhada; na última prova as crianças, quais macaquinhos de circo, têm de dançar ao som do Avô Cantigas.
E é ver as mamãs a esforçarem-se ao máximo a meter peças à socapa, a fazer figuras para que a sua cria seja considerada a grande vencedora (vencedora de quê? não sei).

E pergunto eu: isto é normal?

Eu como bem sabeis até sou fã de concursos de talentos, mas com franqueza! Há limites!