... nunca mais!
Em que é que eu estava a pensar??
Não estava a pensar, e se calhar o problema foi mesmo esse. Não tem lógica nenhuma meus senhores, e é coisa que não faz sentido nenhum.
Passei o Verão com um mega barrigão, a sofrer para vestir os collants elásticos, a ir passear no paredão e a regressar com dois trambolhos em vez de pés. Lembro-me de estar a trabalhar (o que também foi inteligente da minha parte, tirei as férias todas em Junho e depois não tirei mais, mas adiante) na 1ª semana de Agosto, e nem vou descrever a minha roupa, que era quase nenhuma (o que vale é que trabalho em casa), e de estar literalmente a derreter. Não corria uma aragem, e eu a suar em bica. Na gravidez é suposto usar mega soutien, mais a cinta, depois temos de por um top por baixo porque a roupa fica pequena, mais os collants contra as varizes, e claro, nada disto se adequa a 40 graus à sombra. E a dormir? Puf, nem me quero lembrar.
Quando entrei na maternidade era Verão, mas quando saí (2 dias depois) era claramente Outono.
Ainda houve uns dias de sol e calor logo no início, na altura em que eu estava provavelmente preocupada com pontos e subidas de leite e coisas que tais.
Depois, no início de Novembro, chegou o Inverno.
E que belo Inverno para se ter um bebé. Foi porreiríssimo. Tivemos direito a tudo: semanas a fio de grandes chuvadas, noites de trovoada umas atrás das outras, até um sismo. Dias a fio fechados em casa com ventos ciclónicos e tempestades tropicais.
O meu filho é tipo morcego: quando vê o sol até se esconde, nem sabe bem o que fazer com tanta luz.
E a malta imagina-se durante a licença a passear no parque com o carrinho, a desfrutar de uma caminhada na praia, a beber um sumo na esplanada durante a sesta. E não, meus amigos, por cá não houve nada disso. Houve muita casa, muita série na televisão, muita roupa a secar no aquecedor, e os passeios foram raros, e muitos deles foi mesmo até ao centro comercial (onde não é suposto levar bebés) para a mãe não entrar em parafuso mental.
Para ajudar, o medo da gripe A contribuiu ainda mais para esta clausura.
E claro, a 1 dia de terminar a licença, parece que o sol veio para ficar. Esta semana lá fomos 2 vezes ao paredão, mais outras à praia e à esplanada, a tentar fazer tudo o que não fizemos nestes 5 meses.
E pergunto eu, isto tem alguma lógica? Alguém que pensa como deve ser planeia passar o Verão a sofrer com o calor e o Inverno fechada em casa com o bebé? Acho que não.
Para a próxima já aprendi.
Toca a fazer as contas antes de nos metermos em aventuras.
Fica o conselho para quem está a pensar no assunto.
4 comentários:
É tudo verdade, mas imagina que ele tinha nascido em Maio ou Junho... tinhas passado a altura das cintas e mega sutiã (estou a citar!) no Inverno, mas depois quando viessem os 40º do Verão, estavas em casa com uma criança de 2 ou 3 semanas que nem por sombras podias levar à praia!
Se pensares bem, quando chegar o Verão o Agá terá 9 meses e já poderá ir à praia em alturas mais "frescas" e, para orgulho do avô, banhar-se no mar!
Este Naish é um prodígio de bom senso e preparação para a paternidade!
Eu tive 3 filhos, um no pino do Verão, uma no pino do Inverno, outra no início da Primavera. Pois o Outono não tentei e já não vou tentar mesmo. Mas não há momentos perfeitos, isso não há. Porque com o que nasceu no pino do Verão apanhei o tal calorão. A do meio do Inverno apanhou muito friozinho, mas mesmo assim, é capaz de ter sido a melhor, porque está frio, não há que enganar, toca a vestir a rapariga e embrulhá-la bem, e não sair de casa, OK, mas também está mau tempo lá fora!
A da Primavera passou o Verão constipada. Por isso, não vale a pena! Há sempre vantagens e desvantagens em qualquer altura do ano!
Fartei-me de rir com este post... quando na realidade deveria era chorar...mas enfim.
Os melhores dias já chegaram!
Pois que eu acho que o Outono é mesmo a pior altura, porque apanhas o Inverno inteirinho, e acaba a licença antes da Primavera chegar. Com um bebé de semanas claro que não dá para ir à praia, mas dá para ir passear de manhã e ao final do dia pelo menos.
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