Assim de repente, e com muito por fazer e muitas coisas para mudar, sinto que estou onde deveria estar, em todas as áreas da minha vida.
Se mudava alguma coisa?
Um pormenor ou outro sim, mas no geral está tudo muito bem como está.
Assim de repente, e com muito por fazer e muitas coisas para mudar, sinto que estou onde deveria estar, em todas as áreas da minha vida.
Se mudava alguma coisa?
Um pormenor ou outro sim, mas no geral está tudo muito bem como está.
Foram um total de 12 dias sem folga, mas isso não é o mais estranho.
Nesses 12 dias houve duas estreias: uma mini-exposição (quanto mais pequena a exposição, mais tenho de saber sobre o tema) e um museu novo, com 2 pisos de coisas bastante fora da minha praia.
Pelo meio visitas VIP, substituições e alterações de última hora, a atrapalhar ainda mais e aumentar os nervos nestes dias.
Prova superada, correu tudo bem, não me espalhei ao comprido.
Mas confesso que estas palavras do novo Ministro da Cultura não me caíram bem.
Claro que a precariedade não é um mal absoluto - para quem tem um ordenado fixo ao fim do mês, claro que não é!
Sazonalidade e precariedade não são sinónimos. Há muitas formas de contornar esta questão, e há mesmo soluções na lei que o preveem, o que não há é vontade de os aplicar.
E nós precários da Cultura pactuamos com isto, é certo, pois andamos aqui a passar recibos verdes a empresas e associações-fantasma que servem para isso mesmo: para mascarar a realidade e deixar as entidades de mãos lavadas por não terem nenhum vínculo direto com cada um de nós.
É o preço que pagamos por gostar tanto do que fazemos, mas era bom que isso fosse reconhecido e que a estabilidade de um (ou vários) contrato(s) não fosse um bicho de sete cabeças.
Há uma euforia no ar, um "regresso à normalidade" que faz com que ande tudo a mil.
Isto não é uma queixa (ou será?), mas hoje é o meu 8º dia de trabalho seguido, e ainda (ou só?) faltam 5 até ter a próxima folga (de 1 dia e depois seguem uma data de dias seguidos).
E dizem-me todos os que me acompanharam no desespero de estar sem trabalho "que bom!", e pois claro que é bom, mas a que preço, senhores?
Reconhece-se agora a léguas quem é mediador artístico ou trabalha em turismo- somos os das olheiras, os copos de leite, os que ainda não puseram o pé na praia/esplanada/jardim.
É.
E às tantas fica difícil aguentar o ritmo, as solicitações (porque em casa, já se sabe, há roupas por arrumar, sopas por fazer, varicelas a decorrer) sem uma pausa para poder respirar, e sem sequer estar à vontade para barafustar porque claro, é trabalho, e se me queixei de falta dele não me posso agora queixar da abundância.
É daquelas coisas, quem tem um ordenado fixo ao fim do mês não vai entender nunca.
Domingo quando o despertador tocou para mais um dia de trabalho (o 7º) veio-me à cabeça a conversa com uma amiga que tinha estado na praia na véspera - e naquela indolência do cérebro que ainda não acordou perguntei-me porque raio estaria ela com os filhos na praia a meio da semana...
Quem não trabalha aos fins de semana, também não vai entender nunca...
Enfim. Café terminado, post acabado, que por aqui há muito por estudar.
Fui!