segunda-feira, 30 de janeiro de 2023

A estranheza do maior mês do ano

 Quantos Julhos ou Agostos cabem no mês de Janeiro?
Caramba, que mês comprido este, parece mesmo interminável.
Este Janeiro 2023 revelou-se ocupado e desafiante no trabalho, chuvoso primeiro e frio no final, mas deixa-nos com a sensação de dever cumprido.

Quis o acaso do destino que tanto o meu pai como a minha mãe partissem em Janeiro, e quis também o destino que a minha mais nova nascesse no dia 20 deste mês, pelo que é um mês que alterna entre a alegria e a tristeza, entre a energia e a preguiça, entre os planos e as concretizações, entre o recolhimento e as saídas.

É um mês que se estende no tempo, estica-se como um gato ao sol, mas também se contrai rapidamente e  vai-se num piscar de olhos:
A passagem do ano foi há uma vida, e foi anteontem ao mesmo tempo. 

domingo, 22 de janeiro de 2023

6 anos da nossa cereja

E que 6 anos estes, senhores?
6 anos tão difíceis e que ela torna mais fáceis - toda ela sol, alegria, amor, um pouco de mau feitio e uma dose gigante de pirosice (esta passageira, o resto acho que não!) 

Aos 6 anos a Teresa está desdentada (baliza aberta), adora desenhar e pintar, adora a natação e está super curiosa com letras e números e contas. Tem facilidade em fazer amigos, mas é muito tímida, principalmente com adultos. Detesta ser o centro das atenções, seja com crianças seja com adultos.

Todos os dias saímos as duas de casa e descemos as escadas de mão dada, e eu vou degrau a degrau a agradecer esta menina, com a mão ainda tão pequenina dentro da minha.
Olho para ela, mais nova de três e tantas vezes me vejo a mim também, aquela filha bónus que é um presente para todos.

Melhor ideia de sempre. Mesmo.

terça-feira, 17 de janeiro de 2023

Livro 1/2023 Zen - a arte de viver simplesmente

 

Zen - a arte de viver simplesmente, de Shunmyo Masuno
Inauguro de forma tranquila a lista dos livros de 2023 com este Zen - a arte de viver simplesmente. Comprado na feira do livro do Museu do Oriente, talvez inspirada por toda a oferta de livros sobre o tema da filosofia zen.
O livro é encantador, com flores nas páginas e 100 ensinamentos, uns mais interessantes que outros.
O autor é monge budista no Japão, responsável pelos jardins zen do mosteiro onde vive. Há ensinamentos que se adequam melhor que outros à nossa vida do dia a dia, tão longe de um mosteiro budista no Japão, mas de uma forma ou de outra penso que qualquer um de nós pode aprender qualquer coisa com este livro.
Dei 3 estrelas, que são 3,5, recomendo e empresto.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2023

Os meus livros de 2022

 Com a ajuda do meu fiel Goodreads, aqui vai o meu resumo:

21 livros

6402 páginas lidas

Livro mais popular: Sapiens (lido por uns impressionantes mais de dois milhões de pessoas)
Livro menos popular: A Taberna da India (lido por apenas 7)

Tentei nos primeiros tempos diversificar ao máximo ao nível dos autores, mas a partir de certa altura deixei de ter isso em atenção.~

Assim li:
Escritor homem - 12
Escritora mulher - 9
Os quais vêm dos seguintes países:

Portugal- 5
Itália - 1
Espanha - 4
Estados Unidos - 2
Chile - 1
Irão - 1
India - 1
Japão - 1
França - 1
Israel - 1
Inglaterra - 2
Alemanha - 1
Acho que será importante manter ainda mais a diversidade.

Houve livros de que gostei muito - Mais pesado do que o céu; Dave Grohl, A Gaiola de Ouro, Tu não és como as outras mães, Sapiens.
Outros que não me deixaram memória - Rapariga, Mulher, Outra e Destinos e Fúrias.
Houve um que não gostei mesmo, mas fui teimosa e não abandonei - O Gigante Enterrado.
Outros que me foram úteis de diferentes formas - A Dama e o Unicórnio, A Revolução da Glicose, Tratado das Contradições e Diferenças...

Mais uma vez não chego ao número de livros a que me propus, mas sei que este ano li muito (e muito mais do que estes 21). 
Para 2023 mantenho o objetivo dos 24 livros, 2 por mês e vou continuar a registar aqui as minhas considerações.
Assim sendo, boas leituras!

quarta-feira, 11 de janeiro de 2023

2022 em revista

 Mais um ano que passou, e se até a minha do meio me diz que passou rápido (com 11 anos), calculo que passou a voar mesmo para toda a gente.

Se o tivesse de resumir numa palavra, já o fiz, seria Trabalho. Olho para trás e é só isso que vejo (e que bom que é, acreditem).

Foi um ano que começou tranquilamente (confinados e com covid!) a que se seguiu uma sensação muito grande de liberdade - a liberdade de (supostamente) não apanhar covid de novo!
Percebi que mesmo sem dar por ela estive sempre com aquela tensão latente ao longo de 2020 e 2021 - será que apanhei? Será que vou apanhar? É arriscado ou não é? 
Comecei o ano com covid e a verdade é que foi de facto muito libertador - além de ter sido um covid muito fracalhote, que nem sintomas me deu. Uma sorte.

Depois de praticamente dois anos com muito pouco trabalho, senti que tentei agarrar tudo com quantas forças tinha. Não disse que não a quase nada, e fiz de tudo para me manter em todo o lado quase ao mesmo tempo. Fui assim uma espécie de polvo laboral.
Resultado: em 53 fins de semana só não trabalhei em 21 deles - menos de metade! - e isto inclui os fins de semana que calharam nas férias. Cheguei a trabalhar 10, 12, 14 dias de seguida muitas vezes, chegando ao cúmulo em Outubro de passar 27 dias a trabalhar sem ter um único dia de folga.
Foi uma loucura, em todos os sentidos, e o mínimo que seria de esperar era ter ficado milionária, mas tal como imaginam, não aconteceu...
Foi má gestão da minha parte, sim, mas foi também medo de ficar sem trabalhar outra vez.
E sim, foi um cansaço muito grande, mas também sim, deu-me muitas vezes um gozo enorme porque efetivamente trabalhar para mim não é um fardo, gosto mesmo muito de fazer o que faço, e os anos passam mas eu não esqueço o infeliz que fui sentada à secretária, e continuo a agradecer (sempre!) esta oportunidade.

Tudo o resto parece que passou para 2º plano, e isso é bom, pois é sinal que não houve problemas de maior.
Temos oficialmente dois adolescentes e uma criança em casa.
Sinto sinceramente que este ano mal os vi, e que pouco ou nada acompanhei o que se passa na escola. Já aceitei que não sou uma mãe muito participativa nos estudos - a verdade é que nunca precisei de ser! - mas tenho muita dificuldade em acompanhar tudo que têm para fazer. Por isso confio, e deixo andar - não me lembro da minha mãe saber as datas dos meus testes nem trabalhos, aliás, eu sei que ela não sabia, e nisso pareço-me com ela.

Devido a tudo o que foi escrito em cima, foi um ano em que senti claramente que quase tudo me passou ao lado. Houve almoços, jantares, lanches, saídas à noite, encontros de família, cafés... Parece-me que faltei a tudo, ou estive a trabalhar, ou o programa estava acima das minhas possibilidades (o que infelizmente foi verdade, muitas vezes).
Passei o 2022 a trabalhar muito e a receber pouco, pois por vezes o dinheiro tardou a chegar. Mas chegou. E 2022 terminou um pouco melhor do que 2020 e 2021, neste aspeto.

Mantive -me fiel à minha PT do Youtube Heather Robertson, e já comecei 2023 muito motivada. A verdade é que o corpo não muda (muito), mas a cabeça sim, e a forma como olho para ele vai sendo com cada vez mais admiração! O objetivo é continuar em 2023.

Foi o ano em que comecei a usar óculos, e fui percebendo ao longo dos meses que preciso mesmo. Em muito pouco tempo as letras encolheram bastante, os contornos deixaram de estar nítidos e quando pego em qualquer coisa para ler faço aquele gesto típico - à idoso! - de afastar e aproximar o papel a ver se vejo melhor. Não os uso sempre, porque por enquanto ainda depende do tipo e tamanho da letra, mas já aconteceu não conseguir ajudar uma turistas com um mapa de Lisboa por não conseguir mesmo ler a legenda...

Em 2023 não viajei e fui ao cinema uma vez. Vi muito poucos filmes, e acho que nenhuma série. Fui ao teatro uma vez e a um concerto. Li 21 livros, ficando aquém dos 24 a que me tinha proposto.
Tudo coisas a retificar em 2023.

Em 2022 morreram 3 mulheres da minha idade, com diferentes tipos de cancro - e isso é assustador. E muito triste.
No entanto, em 2022 não passei tempo nenhum em hospitais, nem por mim nem pelos que me são mais próximos, e isso por si só já faz de 2022 um ano fabuloso.

Objetivos para 2023 tenho muitos, mas se nada mudar já não me posso queixar.
Venha de lá este 2023!



terça-feira, 3 de janeiro de 2023

2022 numa palavra

 Trabalho!


Livro 21/2022

 

Tratado das Contradições e Diferenças de Costumes entre a Europa e o Japão, Luís Fróis
Comprado há um ano, na feira do livro do Museu do Oriente, quando comecei a fazer visitas por lá.
O autor é um jesuíta do séc. XVI, que esteve no Japão e fez assim uma lista das diferenças que foi encontrando.
É uma época que me fascina e por isso foi muito útil.
Dei 4 estrelas e recomendo a quem se interessar pelo tema.

Livro 20/2022

 

A Revolução da Glicose, de Jessie Inchauspé

Sigo a autora no Insta há uns tempos, por conselho da minha irmã.
Comprei o livro por impulso, quando fui comprar um presente de anos a uma livraria (esse clássico! por pouco não trazia mais livros para mim do que para a aniversariante... oh vida!)
Sou filha de diabético, e venho de uma família com muitos diabéticos. Estes assuntos são uma constante nos encontros de família, tendo eu há por diversas vezes administrado insulina ao meu pai, e verificar os níveis de glicose no aparelho no braço. Ainda assim, não posso dizer que percebesse alguma coisa do assunto.
Este livro explica tudo, de forma científica, mas acessível. A autora também dá dicas de como evitar os picos de glicose, e principalmente explica os malefícios de andar sempre com subidas e descidas - alguns deles eu não fazia mesmo ideia...
Dei 5 estrelas e recomendo.

Feliz ano Novo!

 A todos os que me continuam a ler!

Vamos lá arrancar com este 2023!