quinta-feira, 28 de julho de 2022

Um cliché

Ter filhos é ter o coração fora do peito, dividido no meu caso em três.
E há algo de maravilhoso em ver o nosso coração ganhar asas e voar sozinho, tão crescido.
De vez em quando o adolescente irritante que não tira a máquina da louça e bate com a porta, parece-nos um miúdo tão fixe, tão desempoeirado, a fazer coisas sozinho, a superar-se sem termos nós, pais, nada a ver com o assunto.

Sinto que estou sempre a dizer o mesmo, mas é mesmo o que sinto: vejo os bebés dos outros e acho um amor - juro que sim - mas ter filhos crescidos parece-me tão mais fixe...


Livro 14/2022

 

Cafuné, de Mário Zambujal

Herdado do meu pai e levado na mala de viagem das mini-férias em Junho - revelou-se a leitura perfeita para essa situação.
Cheio de humor, com bastantes referências históricas, leve e divertido, foi uma excelente companhia para desanuviar do livro anterior.
Dei 4 estrelas, pois apesar de não ser uma obra-prima da literatura lê-se muito bem, e entretém.
Não vivemos só da intelectualidade, certo?

terça-feira, 26 de julho de 2022

Um post em atraso

 Só mesmo porque não gosto mesmo nada de estar sem escrever por aqui (faz-me falta a escrita, ajuda a arrumar ideias e a recordar, é mesmo importante para mim) - no entanto eu pessoalmente não me lembro de uma época tão atarefada... tem sido uma verdadeira loucura, senhores...

Recordo com saudade outros verões, mais tranquilos e preguiçosos, porque este verão tem sido avassalador de trabalho - não sei bem onde vamos parar, são dias e dias de seguida sem ter folgas, mil assuntos para estudar, mais uns quantos projetos para os próximos tempos.

Pela 1ª vez desde 2014 (em que deixei o trabalho fixo) tenho já trabalho marcado até Outubro (bastante) e já tenho coisas marcadas para Novembro e Dezembro também - completamente inédito.

No caminho, fica tanto por viver e tanto por registar...
O mais velho esteve num torneio de futebol e atravessa uma crise de identidade, dentro e fora de campo.
A do meio esteve num campo de férias onde não conhecia ninguém (sendo que a maioria dos miúdos se conhecia entre si) e fez amizades em menos de nada, e provou que é uma boa miúda, amiga de todos e que não discrimina ninguém.
A mais nova esteve comigo um dia em oficinas, e eu gostei tanto de a conhecer fora do nosso contexto.

Noto claramente que andamos todos muito cansados (os adultos com quem me cruzo, os miúdos não!), e todos a queixar-se do mesmo: anda tudo sem cabeça para nada, e a fazer borradas nos respetivos trabalhos: encomendas de produtos errados, faturas com valores que não batem certo, emails enviados a pessoas que não têm nada a ver ....
Será efeito do covid? 

Não sei, mas que está tudo meio atípico...está!


segunda-feira, 4 de julho de 2022

Livro 13/2022

 

Apneia, de Tânia Ganho

Na lista de leitura desde que a Tella o leu, e depois disso várias pessoas confirmaram - foi emprestado pela minha irmã que também lhe deu uma boa nota no Goodreads.
Nunca um título de livro foi tão bem aplicado. Lê-se num fôlego só, apesar das 700 páginas, ficamos naquela ânsia de ler mais e mais e ver onde as coisas vão parar - mas não estou a falar de um mistério nem de um policial, está mesmo só muito bem escrito.
Sabia que o tema era a violência doméstica, não sabia era em que moldes. A violência tem muitas formas e nem todas deixam marcas visíveis, é o que é.
Apesar de ter dado nota máxima - porque de facto não consegui parar de ler até chegar ao fim - a verdade é que ficam algumas coisas por explicar e saber, nomeadamente a história do marido (ficamos sem saber o que o levou até ali). Por outro lado, houve uma ou outra situação em que a protagonista me irritou, em que pensei "estava-se mesmo a ver..."
Ainda assim, dei 5 estrelas.
Recomendo.